A campanha para o Parlamento Europeu, em Portugal, foi aberta por um número circense da aliança PSD-CDS que apresentou o seu programa em 101 tweets, como os dálmatas. Uma baboseira pretensamente modernaça cada cor seu paladar. Os cromos dos candidatos, ufanos com a sua piroseira, só prosseguiram a campanha porque o ridículo não mata.
Não os querendo deixar sozinhos, o PS apareceu a lançar o tonitruante pregão arraial, arraial pela mudança. Mudança dona Constança para a dança ser a mesma. Sabem bem que a sua apregoada mudança é uma dança das cadeiras que não saem do mesmo sítio.
A este baile de máscaras juntaram-se fugazmente Jean-Claude Juncker e Martin Shulz, os putativos candidatos à presidência da União Europeia, como se os lugares que vierem a ocupar na hierarquia da Europa fosse decidida pelos votos angariados pelas suas famílias políticas nos estados membros. Antes que as ilusões aumentassem para lá do que seria razoável, Angela Merkel apressou-se a decidir passando a ferro, mais uma vez e sempre, as veleidades democráticas dos europeístas. Votem à direita, tomem lá o pé! Votem à esquerda, deem cá o pé! Divirtam-se! Entretenham-se a votar que eu estou cá para mandar. Europa sim, mas devagar, talhada à medida dos interesses teutónicos.
Cá dentro, à ilusão europeísta, andam os chamados governos do arco governativo a vender ilusões e a fazer promessas a pataco, sempre negando que o estão a fazer. Uns e outros proclamam a utilidade de votar neles. Uns porque se apresentam como salvadores do país que arruinaram prometendo continuar um caminho para o abismo para onde atiraram milhões de portugueses, aldrabando os índices estatísticos que, bem lidos, mostram a política desastre dos últimos anos. Os outros denunciam parte desse desastre para gaguejar alternativas políticas que são as mesmas só que mais suaves, de efeitos retardados. Ambos apontam para o mesmo lado, com os mesmos resultados.
Entre uns e outros venha o diabo e escolha. De um lado ladram os dálmatas. Do outro, ladra uma matilha de terriers, caniches, cockers, etc. Entre ambos passa a caravana do
VOTO ÚTIL!
O VOTO DE QUEM VOTA CLARAMENTE CONTRA AS POLÍTICAS
DOS QUE GOVERNARAM NOS ÚLTIMOS QUASE 40 ANOS.
O VOTO
CONTRA OS RESPONSÁVEIS
DO ESTADO DE DESASTRE A QUE PORTUGAL CHEGOU.
Excelente mas, por favor, não insultem a pobre cachorrada comparando-a a estes … estes… estas “semi-vidas” do arco governativo!
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