Geral

BARRELAS

sabão azul e barnco

11 de Março de 1975, as portas de Abril, abriam-se para mudar de vida.

11 de março de 2015 dia de barrelas de alguma da muito suja que, desde esse dia, se acumulou por Portugal.

Barrela 1- Pedro Passos Coelho, na Assembleia da República a justificar o injustificável. O não pagamento à Segurança Social, desvios do IRS, por trabalhos feitos, para empresas todas elas pouco recomendáveis. Os trabalhos pesadíssimos que Pedro Passos Coelho fazia, dizem os seus antigos patrões, era abrir portas, gabando-lhe o portefólio de gazuas. Mais hábil que Al Capone, não se deixou apanhar nas malhas contributivas para o Estado. Um artista português que, com os seus olhos de bandido nos assalta todos os dias desde que se sentou em São Bento. Mente, mente sempre convictamente como o fez durante a campanha eleitoral, como sempre o fez. Como ainda há pouco tempo, roído pela medíocre inveja de assistir ao triunfo de um partido que se opõe às políticas de austeridade que tanto o excitam, nada melhor que sodomizações teutónicas, disse graçolas sem tino e mentiras para os portugueses desprevenidos se indignarem, afirmando que Portugal foi dos países que mais contribuiu na ajuda financeira à Grécia. Mentiu, como sempre fez e faz. Portugal contribuiu de acordo com o PIB e os tratados europeus que subscreveu. Nem um cêntimo a mais ou a menos! Hoje foi lavar as nódoas indeléveis de contumaz fugitivo às contribuições. Homem sem princípios nem dignidade, que vampiriza o povo trabalhador e bajula o grande capital.

Barrela 2- Em 11 de março de 1975 Spínola tentou um golpe de estado. Mais um golpe de estado depois de um primeiro tentado, em aliança com Adelino Palma Carlos e Sá Carneiro, pouco tempo depois da Revolução de Abril. De um segundo, em 28 de Setembro de 1974, em que a maioria silenciosa, que supostamente o apoiava, partiu os dentes ao enfrentar as forças populares democráticas. Nunca deixou de conspirar contra o 25 de Abril. Fê-lo logo no primeiro momento, quando queria que o Movimento das Forças Armadas regressasse aos quartéis na esperança de um triunfo de uma marcelismo democrático corporizado por ele. Em 11 de Março de 1975, perdeu novamente. Fugiu para o estrangeiro, onde continuou a conspirar contra a democracia e as conquistas da Revolução. Apesar de toda essa actividade conspirativa, Mário Soares, graduou-o marechal, Nomeou-o das Ordens Portuguesas, condecorou-o com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito , a segunda maior insígnia da principal ordem militar portuguesa. Como não há almoços grátis, façam o favor de extrairem as vossa conclusões sobre esta parceria bem pública. Outras continuam ocultas como a da tonitruante voz que se calou e não chegou a ler a proclamação de um 11 de Março vitorioso. Hoje, em alguns meios de comunicação social, o 11 de Março é apresentado com uma casca de banana, uma ratoeira em que e Spínola escorregou deixando-se apanhar na armadilha. Não há um pingo de vergonha. Desde o primeiro momento sempre se tentou mistificar a intentona spinolesca! Como se o homem do monóculo não fosse um dos primeiros e dos mais activos conspiradores contra o a Revolução do 25 de Abril.

Barrela 3- Em Santa Comba Dão, o edil socialista prepara uma candidatura a Fundos Comunitários, para construir um museu e um centro de estudos sobre o Estado Novo! Qual fascismo, qual ditador! O Senhor Primeiro-Ministro do Estado Novo! Em marcha o que anda desde há muito tempo em marcha. A lavagem do fascismo por métodos científicos, pela mão de historiadores encartados como Rui Ramos, com trabalhos nessa área a demonstrar que não houve nem fascismo nem oposição ao fascismo. A panóplia repressiva do fascismo, que não era pouca desde os manuais escolares para lavagens aos cérebros, a Mocidade Portuguesa, a Legião, a Censura, a PIDE/DGS, prisões e campos de concentração, não passavam de suaves meios dissuasores dos recalcitrantes a quem era preciso dar uns safanões a tempo. Até aos historiadores diletantes como o Fernando Dacosta que foi escutar as confissões de Maria para reescrever a história e embelezar a imagem do ditador que não sabia nada das tramoias da PIDE para tramarem Humberto Delgado ou que sugeriu a fuga de Cunhal da prisão de Peniche. Intelectuais latrinários e mercenários não faltaram ao cheiro do dinheiro sujo por um passado execrável.

40 anos passados sobre o 11 de Março de 1975, dói assistir ao estado de degradação, política , económica e ética em que o país mergulhou. Para se refocilar na pocilga completamente, só falta aparecer hoje no Frente a Frente da SIC Notícias (passe a publicidade) José Matos Correia para decretar, como já decretou com o seu ar porcino, que o 11 de Março e as consequentes nacionalizações fizeram regredir o país dez anos. Nem mais nem menos! Esperemos que coloque bem visível um retrato de Ricardo Salgado, o dono disto tudo agora caído em desgraça, herdeiro dos donos disto tudo do fascismo, perdão Estado Novo! auurrrgggghhhhh!!!!!!

Apesar e contra a miséria moral vigente, celebremos com alegria o 11 de Março de 1975!!!

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Trabalhos de Casa

BES

a administração do BES a fazer o trabalho de casa

Há uns anos atrás, no inicio da crise que afectou o mercado financeiro internacional, Ricardo Salgado afirmava nos meios de comunicação social, sempre prontos a servilmente lhe ouvirem as opiniões e avisadíssimos conselhos, que o BES tinha feito o trabalho de casa, estava ali para as curvas, pronto a superar qualquer crise.

Agora,com a ruína do BES à vista desarmada de qualquer um,, com os mesmos meios de comunicação social a estamparem os desvairos de uma gestão ruinosa, a corrupção que grassava naquela tão brilhante e honradíssima instituição bancária, tudo parece muito escandalizado com uma situação banal. O objectivo desse pós-servilismo é evidente : com uma peneira ocultar que o sistema financeiro é substancialmente corrupto. Tudo o que assiste, por esse mundo fora, de lavagens de dinheiro de diversos tipos, falcatruas em barda, golpadas cada cor seu paladar, tudo resolvido, a maior parte dos casos, com multas que são uma fracção dos lucros obtidos legal, alegal e ilegalmente, com essas manigâncias. Quase todos os dias uma dessas tão veneráveis instituições salta para as pantalhas. Outras estão sempre na calha, prontas a um descarrilamento, rapidamente resolvido para não haver uma pandemia. Um mundo fedorento!

Neste caso, que foi impossível travar, o extraordinário é centrar as culpa num administrador, como se todos os outros e mais um número indeterminado de quadros superiores, não fossem solidariamente culpados e altamente beneficiários daquelas manobras. Salgado, o Ricardo já pagou 3 milhões de euros de fiança, não ficar preso como deveria ter ficado. Agora dizem que está ameaçado por uma multa de 10 milhões de euros. Nada que o incomode. Tem muitos milhões para pagar esses amendoins. Num país com milhões de pobres e outros à beira da pobreza é um sonoro insulto a todos, menos para o governo e seus sequazes, solidário, conivente e trabalhando afincadamente para que este sistema, que permite essas situações aviltantes, indecorosas moralmente insuportáveis continuem o seu caminho imoral. Ningém questiona de onde lhe vem tanto dinheiro. Em que colchões habita.

O extraordinário é ninguém ainda ter perguntado se aquela gente, que arruinou um grupo económico também ficou arruinada, se já vivem com o rendimento Social de Reinserção, se se alimentam na Sopa dos Pobres se recolhem roupas na Caritas.

Algum dos Espíritos Santos, Salgados, Ricciardis ou afins está a passar por dificuldades? Não continuam a ter contas muitíssimo bem recheadas à conta dos escombros do Grupo Espírito Santo?

O crime compensa e compensa bem, desde que não se finte descaradamente o Fisco ou mesmo depois de o fintar, quando a finta falha, vir rectificar para não se lhe ser mostrado nenhum cartão.

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Libido 4

Depois do acordo de princípio, alinhavado entre o governo grego e a CEE, das múltiplas declarações entre os protagonistas e o que os nossos (des) governantes foram comentando em desbragada linguagem, recomendamos um fim-de-semana alucinante à espera dos próximos capítulos desse teatro escabroso em que se procura esfolar a democracia.

WOLFANG E MARIA LUIS

“Campo de Concentração Austeridade”, “Loucos por Coligações ou São Bento e os 120 Dias de Sodoma”, ”Portugueses mais um esforço para continuarem a ser Esmifrados” e ”Contos para Adultos dos Tarados das Reformas Estruturais”, quatro filmes para maiores de dezoito anos, recomendados para um fim-de-semana acabrunhante, à espera da lista grega a ser entregue em Bruxelas.

Os dois primeiros são protagonizados por Maria Luís Albuquerque e Wolfang Schaulbe e Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, duas das duplas mais famosas no mundo da pornografia financeira, do cinismo político e da crueldade social. Os dois últimos são grandes orgias, celebrando os infortúnios da austeridade com os quatro protagonistas e narração de Cavaco mergulhado no fundo do Poço de Boliqueime, Opções adicionais discursos, entrevistas, declarações dos protagonistas, não recomendadas por questões de higiene mental.Coelho POrtas

Aviso muito importante: os filmes contém cenas sadomasoquistas que podem ferir a mais empedernida sensibilidade, mesmo dos mais experimentados.

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A Grécia, a CEE os seus mandantes, seus mandaretes e monicas lewinskis

A ESPERA DOS BÁRBAROS

— Que esperamos na ágora congregados?

 

Os bárbaros hão-de chegar hoje.

Porquê tanta inactividade no Senado?

Porque estão lé os Senadores e não legislam?

 

Porque os bárbaros chegarão hoje.

Que leis irão fazer já os Senadores?

Os bárbaros quando vierem legislarão.

 

Porque se levantou tão cedo o nosso imperador,

e está sentado à maior porta da cidade

no seu trono, solene, de coroa?

 

Porque os bárbaros chegarão hoje.

E o imperador espera para receber

o seu chefe. Até preparou

para lhe dar um pergaminho. Aí

escreveu-lhe muitos títulos e nomes.

 

— Porque os nossos dois cônsules e os pretores

saíram hoje com as suas togas vermelhas, as bordadas

 

porque levaram pulseiras com tantas ametistas,

e anéis com esmeraldas esplêndidas, brilhantes;

porque terão pegado hoje em báculos preciosos

com pratas e adornos de ouro extraordinariamente cinzelados?

 

Porque os bárbaros chegarão hoje;

e tais coisas deslumbram os bárbaros.

 

– E porque não vêm os valiosos oradores como sempre

para fazerem os seus discursos, dizerem das suas coisas?

 

Porque os bárbaros chegarão hoje;

e eles aborrecem-se com eloquências e orações políticas.

 

– Porque terá começado de repente este desassossego

e confusão. (Como se tornaram sérios os rostos.)

Porque se esvaziam rapidamente as ruas e as praças,

e todos regressam as suas casas muito pensativos?

 

Porque anoiteceu e os bárbaros não vieram.

E chegaram alguns das fronteiras,

e disseram que já não há bárbaros.

 

E agora que vai ser de nós sem bárbaros.

Esta gente era alguma solução.

                                                               Konstandinos Kavafis

(tradução Joaquim Manuel Magalhães/Nikos Pratsinis)

ovelhas

 

Os cônsules, pretores que entre dois partidos sozinhos ou coligados, se sucediam na Grécia, impondo ao povo grego as soluções dos bárbaros foram democraticamente derrotados. As iníquas reformas estruturais, um saco de mentirolas que nada reestrutura e tudo destrói,  que garrotavam a economia, aumentavam a dívida, mantinham os privilégios da oligarquia, aprofundavam  a corrupção, atiravam cada vez mais gregos para a miséria e o desemprego, foram democraticamente derrotadas. Quem venceu pelo voto, propõe outro caminho para sair da crise, caminho dentro do quadro político, económico e social dos bárbaros. Nem isso os bárbaros aceitam. Inquietam-se porque não querem que seja sequer possível pensar que há outras saídas para a crise económica dos países que se debatem com dívidas que são impagáveis, consequência da crise mais geral da Europa tatuada no sistema que se arrasta agónico mas que se julga eterno, sem alternativas.

Governantes e seus sequazes querem ditar, impor as suas leis sobre os países devastados por uma estúpida cegueira que alimenta os oligopólios financeiros, promove uma crescente desigualdade social, instala um desastre económico e social de proporções inquietantes. Mentem manipulando as estatísticas para travestir o desastre. Mentem. mentindo sempre e, sem pudor,  fazem circular a mentira por uma comunicação social mercenária ao seu serviço.

Na CEE, os países que se sujeitaram às receitas das troikas, viram as suas dívidas em relação ao PIB aumentar exponencialmente entre 2007 e 2014. Irlanda 172%, Grécia 103%, Portugal 100%, Espanha 92%. A dívida mundial que em 2007 era de 57 biliões de dólares, em 2010 foi de 200 biliões de dólares, ultrapassando em muito o crescimento económico. Tendência que continua o seu caminho para o abismo, em benefício dos grandes grupos financeiros, entrincheirados nos chamados mercados. O chamado serviço da dívida, os juros, são incomportáveis. São esses os êxitos de uma política cega submetida à ganância usuária que não tem fronteiras ou qualquer ética.

Os governos deixaram de estar ao serviço dos seus povos, nem estão sequer dos seus eleitores. São correias de transmissão dos oligopólios financeiros que se subtraem a qualquer escrutínio democrático ou outro de qualquer tipo. Traçam um quadro legal que os suporta e legitima a ilegitimidade. A democracia é uma chatice, um entrave, um pauzinho nessa gigantesca engrenagem que nos atira barranco abaixo, com efeitos devastadores para a humanidade. Nada interessa a não ser o lucro de quem especula sem produzir nada. As pessoas são uma roda nessa engrenagem.

chaplin

Charlie Chaplin, TEMPOS MODERNOS

Quem não caminha ordeiramente nesse rebanho, quem se opõe, mesmo que mandatado e sufragado democraticamente, é considerado irresponsável, como disse o ogre Wolfang Schauble, ministro da economia da Alemanha, em relação à Grécia. As suas enormidades ecoam pela boca dos seus bufões, das suas monicas lewinskis por todos os cantos de uma Europa submissa aos diktats do bando de arruaceiros financeiros que rouba a tripa forra países e povos. Em Portugal, as nossas monicas lewinskis são mais fatelas, mais rascas com se tem visto e ouvido de Cavaco a Passos Coelho, de Portas a Pires de Lima mais a matilha dos seus sarnentos rafeiros de fila. Espumam raiva, ódio dos ecrãs televisivos às ondas radiofónicas. Quem se atreve a riscar, ainda que levemente, essa realidade em que nos enforcam é logo atacado e silenciado quanto baste por essa matilha de pensamento ulcerado.

Os burocratas europeus dogmáticos, leitores e intérpretes da cartilha neoliberal dizem que a realidade é assim mesmo! Será?

A realidade nunca é a realidade que nos querem impingir como Aragon tão bem descreveu. Há mais vida para lá desse biombo com que a querem esconder qualquer luz, mesmo bruxuleante, de esperança para a humanidade.

ISTO È UMA OVELHA,escultura de João Limpinho

 

AS REALIDADES

Era uma vez uma realidade

com as suas ovelhas de lã real

a filha do rei passou por ali

e as ovelhas baliam que linda ai que linda está

a re a re a realidade

Era uma vez noite de breu

e uma realidade que sofria de insónia

então chegava a fada madrinha

e placidamente levava-a pela mão

a re a re a realidade

No trono estava uma vez

um velho rei que muito se aborrecia

e pela noite perdia o seu manto

e por rainha puseram-lhe ao lado

a re a re a realidade

 

CODA: dade dade a reali

dade dade a realidade

A real a real

idade idade dá a reali

ali

a re a realidade

era uma vez a REALIDADE.

Aragon

(tradução António Cabrita)

ceci nést pas une pipe

pintura de Magritte

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Moedeiros Falsos

moedeiros falsos

De um governo de moedeiros falsos já nada nos deve espantar. De facto já nada causa surpresa. Aldrabar, mentir, manipular, no vale tudo para fazer o trabalho sujo de destruir a economia do país a favor dos grandes grupos financeiros, é o dia a dia dessa gente desde o primeiro momento em que tomaram posse.

Já nada nos pode espantar mas continua a causar indignação.

O último número deste ignóbil circo foi protagonizado por Carlos Moedas, igual a si próprio, na audição do Parlamento Europeu para supostamente avaliar da sua competência como comissário para a da Investigação, Ciência e Inovação.

Competência não tem nenhuma, nem precisa de ter à semelhança de outros burocratas europeus. É uma área que lhe é completamente estranha. Dela só saberá o deve e o haver. Área em que ele, responsável máximo do governo PSD-CDS das relações com a Troika, fazia todos os trabalhos, mesmo os mais crapulosos, para ser reconhecido pelos manda-chuva do FMI, BCE, CEE.  Cortou a torto e a direito em todas as áreas, também, e muito, na ciência e investigação. Numa área em que Portugal devia investir prioritariamente para sustentar o crescimento, o que Moedas negociou com a Troika foi um desinvestimento brutal que além de destruir o que estava feito, destrói sem contemplações o futuro.

Os números não enganam. Há um corte de 40% no número de bolsas atribuídas pelo FCT. O corte em bolsas de doutoramento é superior a 50% e de pós-doutoramento de mais de 56%, comparado com o ano de 2011.

A opção pela redução do investimento em ciência, a níveis muito superiores aos da redução geral da despesa é uma opção ideológica. Parte da ideia de que o Estado não tem nenhum papel a desempenhar no desenvolvimento económico, assente numa visão de que o crescimento é apenas feito pelas empresas. O que é bem visível e transparente na sua fúria privatizadora. 

Não há ciência sem cientistas. No imediato e a médio prazo há um forte desinvestimento na ciência. A isto somam-se os cortes nos orçamentos das universidades também acima da média de redução da despesa corrente. A aposta não é na ciência, na investigação e na inovação é nos baixos salários e nos sectores tradicionais.

O governo não se pode esconder atrás da Troika. Os cortes na investigação são praticamente o dobro dos cortes na despesa corrente primária. É uma escolha política. A escolha de andar para trás na ciência e inovação, que o actual Governo fez, é clara. É o desperdício de um investimento anteriormente feito, uma perda de recursos valiosos, que vai limitar o crescimento económico futuro. Os maus resultados são imediatos mas serão ainda mais visíveis a médio prazo. Uma escolha política que devia envergonhar todo o governo, em particular Nuno Crato e Pires de Lima, com Moedas na linha da frente frente desses cortes, dessas opções..

Mas esse é o mesmo Moedas capaz de tudo para garantir o tacho. Agora, em Bruxelas, nega tudo, mesmo as próprias e evidências.

É preciso ter um infame descaramento para afirmar, sem uma ruga de vergonha, que discordou muitas vezes da política da Troika. Afirmar que a resposta política para o crescimento económico consiste no investimento na ciência e inovação. Ele que foi o responsável mais directo por todos os cortes feitos em Portugal nessas áreas.

Esses salafrários não conhecem as fronteiras da decência mais mitigada. Vivem numa tal orgia de mentiras que no dia em disserem uma verdade morrem fulminados pela má consciência de se terem traído.

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Geral

Vale tudo para fantasiar o crescimento económico

gráficos

Aparentemente hoje seria dia para escrever sobre aquela coisa, aquele simulacro de democracia que foram as primárias do PS.

Não! Que fique isso para a vozearia que vai inundar os meios de comunicação social na “grande bouffe” ilusionista que atinge cumes em momentos como este. Claro que interessa fazer o cotejo do acontecimento no mais vasto contexto da degradação da democracia, quando as cinzas pousarem.

O que assistiu é mais um momento do aviltamento e da alienação das sociedades actuais Um momento digno de uma das últimas notícias económico-financeiraas bem exemplificativas do estado a que se chegou, em que a moral e ética e quaisquer princípios são ferozmente guilhotinadas na praça pública.

O desespero é de tal ordem que tudo serve para, estatisticamente, aumentar o PIB.

Agora a CEE autoriza que, para o cálculo do PIB sejam incluídas as actividades económicas à margem do que é lícito. A prostituição e o tráfico de droga passam a poder ser englobados no PIB, mesmo na base de valores estimados, nos países onde essas actividades são proibidas.

Em Inglaterra são mais dez mil milhões de libras. Em Espanha o PIB aumenta =,85%. Em Portugal pode a ir até mais 2%. Uma orgia que vai contribuir para o crescimento estatístico da economia.

Sugere-se que o governo PSD-CDS, que se diz tão empenhado no crescimento económico com os resultados desastrosos conhecidos, que é tão dado ao marketing, lance vigorosas campanhas para que, finalmente, haja o crescimento económico.

Que iniciem imediatamente campanhas publicitárias com esse objectivo.

P

Já foi às Putas hoje?

O cálculo estimado de gastos com putas tem benefícios fiscais.

Seja Benvindo ao Portal das Finanças para os conhecer

Nota Muito Importante:

Para a AT Autoridade Fiscal e Aduaneira

o conceito de putas é abrangente, não tem sexo

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de 5 gramas de cocaína

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declare as suas snifadelas

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Internacional, Política

Grécia: Corrupção e Fuga de capitais superam valor dos cortes

Antonio Cuesta, 21.Jul.12

Na Grécia, na maioria dos casos, falar de corrupção é referir um mal endémico, idiossincrático do Estado que atravessa todas as esferas da vida pública, e graças ao que se justificam as políticas de austeridade impostas contra a generalidade da população. No entanto, raramente é argumentada contra uma classe política que perpetuou um sistema fraudulento com o qual beneficiou durante décadas, em detrimento dos cofres públicos.

O exemplo mais paradigmático da corrupção entre a classe política foi o grande negócio das Olimpíadas de Atenas em 2004. Com um orçamento oficial de 9 mil milhões de euros, os custos foram-se multiplicando até atingir um montante próximo dos 28 mil milhões euros que ninguém, até hoje, conseguiu explicar onde foram parar.

Um relatório recente publicado pelo diário Kathimerini assegura que o custo anual da corrupção na Grécia supera em valor os cortes que foram feitos em 2012 nas pensões e nos salários. De acordo com esta investigação o montante superaria os 4 mil milhões de euros por ano, a que terá de se acrescentar a vultuosa, e até agora legal, fuga de capitais.

As estimativas mais conservadoras calculam que desde a data do primeiro empréstimo em 2010, mais de 60 mil milhões de euros saíram do país na senda de bancos suíços ou paraísos fiscais, uma quantia que representa 27% do PIB grego. Quem o explica é o economista Leonidas Vatikiotis, para quem a famosa «livre circulação de capitais» significa a permissividade dos diferentes governos para uma elite financeira que, para fazer o branqueamento dos seus capitais, roubam ao país a capacidade produtiva. «Esta prática – diz o economista – deve-se a uma série de medidas e regulamentos que datam dos anos 80 e 90, e que agora é altura de rever», impondo controlos aos movimentos especulativos de capitais, como fizeram nos últimos anos a Argentina, o Brasil, a Coreia do Sul. As grandes fortunas gregas – armadores e proprietários de grandes grupos de comunicação principalmente – aproveitaram essas leis impostas por organismos como o Fundo Monetário Internacional, a OCDE, o Banco Mundial e a União Europeia para retirarem as suas fortunas com total impunidade e, além disso, evitar o pagamento de impostos.

Por último, as constantes ameaças lançadas pelas instituições financeiras internacionais de que o país poderia ver-se fora da eurozona se não cumprisse as draconianas medidas de ajuste exigidas só serviram para fomentar a evasão de capitais, calculada em 5-6 mil milhões de euros mensais, chegando ao seu ponto mais elevado no passado mês de Outubro (com a renúncia do primeiro-ministro Papandreu), que chegou a duplicar aquela quantia, de acordo com Vatikiotis.

A corrupção na administração

Esta conivência de âmbito internacional existe também a nível local, onde as empresas gregas aceitam com normalidade o pagamento de comissões ilegais a uma classe política ávida por dinheiro, e em que chegaram a estar implicadas multinacionais como a Siemens.

Para a secção grega da ONG Transparência Internacional, o volume de subornos pagos a funcionários públicos durante o passado ano superaria os 500 milhões de euros, e uma quantia idêntica refere o último relatório do Banco Mundial referente a 2010: 436 milhões de euros para «facilitar» a obtenção de permissões ou licenças, evitar inspecções fiscais, ou conseguir contratos ou concessões das diferentes administrações públicas.

O estudo feito junto de 550 firmas gregas concluiu que 21,6% delas pagavam habitualmente para conseguir acelerar a tramitação administrativa, 55,9% faziam-no para esconder problemas com a Fazenda e 14,5% das empresas sondadas asseguraram que o suborno era uma condição sine qua non para conseguir um contrato estatal.

De acordo com este estudo, as empresas destinavam em média 0,2% do seu volume de vendas para «olear» os diferentes escalões da administração e uns 0,8% como contribuição nos processos de concursos, licitações ou contratos públicos.

Um dos últimos casos descobertos, há apenas um mês, tem como protagonista o ex-ministro da Defesa do PASOK, Akis Tsojatzopulos (amigo e colaborador íntimo de Andreas Papandreu), acusado de «branqueamento de capitais procedentes de actividades ilícitas», para além de ter cobrado importantes comissões à indústria armamentista entre 1997 e 2001, com o que acumulou uma importante fortuna investida em propriedades imobiliárias.

A fraude de branqueamento de dinheiro duplicou o ano passado e os montantes descobertos pela Brigada de Delitos Financeiros indicam que cerca de 3 mil milhões de euros por ano foram utilizados para o comércio ilegal de drogas, álcool e tabaco, e ainda no contrabando de armas e combustíveis.

As quantidades evidenciam a falta de vontade política para pôr fim a uma prática que só beneficia os mais ricos e que supera amplamente o montante dos cortes sociais aplicados contra a maior parte da sociedade grega.

Este texto foi publicado em:
www.gara.net/paperezkoa/20120528/343588/es/La-corrupcion-fuga-capitales-superan-valor-recortes-Grecia
Tradução de José Paulo Gascão

E, por cá? Todos bem, muito obrigado!

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Política

Estamos esclarecidos, Sr. Passos Coelho!

Fisco perdoa luvas dos submarinos

O contra-almirante Rogério d’Oliveira, ex-consultor técnico do consórcio alemão que venceu o concurso dos submarinos, regularizou junto da Administração Fiscal portuguesa, em 2010, um milhão de euros que recebeu do German Submarin Consortorium (GSC) em 2006, e não declarara ao Fisco.

Segundo a justiça alemã, a verba estava depositada no banco suíço UBS e foi paga a título de luvas. O militar garante que recebeu o dinheiro como honorários de 18 anos de trabalho.

Rogério d’Oliveira regularizou a sua situação fiscal ao regime Excepcional de Regularização Tributária (RERT), que permitiu aos contribuintes legalizar o património financeiro que estava fora do país até 31 de Dezembro de 2009.

Assim, o militar pagou uma taxa de 5% sobre as verbas depositadas no UBS. Fernando Arrobas, advogado de Rogério d’Oliveira, afirma que a verba de um milhão de euros diz respeito a rendimentos de 2006, relativos a serviços de consultoria, que foram depositados no UBS até repatriamento em 2010.

Uma auditoria externa solicitada pela Ferrostal, datada de Abril de 2011, apurou que a empresa alemã, pagou um milhão de euros a Rogério d’Oliveira, mas não foram encontrados documentos que provassem a prestação de serviços. Já o inquérito da Procuradoria da República de Munique investigou, no âmbito de um vasto processo, a compra dos submarinos, e revelou que Jürgen Adolff, ex-cônsul honorário de Portugal em Munique, e Rogério d’Oliveira terão recebido comissões no âmbito daquele negócio.

Estado vai assumir dívidas de Duarte Lima e de Vítor Baía ao BPN

Dos 2,5 mil milhões de euros em ativos tóxicos que o Estado retirou ao BPN para três empresas públicas, mais de 600 milhões constam em sete escrituras assinadas no Porto. O DN consultou cada parcela e descobriu créditos ligados a Duarte Lima, às empresas do ex-jogador Vítor Baía e ao empresário António Araújo. Mais: alguns dos crédtos foram retirados ao BPN já em março, porque o BIC se recusou a ficar com eles. Exemplo: Casa do Douro, cujos créditos foram feitos já depois da nacionalização do BPN.  in A Bola, 29/6/12

PARA UM MELHOR ESCLARECIMENTO:

Duarte Lima terá recebido um milhão no negócio dos submarinos
Duarte Lima terá recebido, em 2002, cerca de um milhão de euros do
contra-almirante Rogério d´Oliveira no negócio da compra de dois
submarinos por parte do Governo, revela o semanário Sol.

Segundo o jornal, Duarte Lima e o contra-almirante foram constituídos arguidos pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), depois do cruzamento de informações das operações Furacão, Rosalina Ribeiro e Monte Branco.

O social-democrata é suspeito de crimes de branqueamento de capitais, tráfico de influências e fraude fiscal e, de acordo com o jornal Sol, já foi aberto um novo inquérito relacionado com o montante que Lima terá recebido na sequência da compra de dois submarinos, um valor nunca declarado às Finanças.

Em causa estaria dinheiro proveniente de paraísos fiscais que estavam em nome de Rogério d´Oliveira e que entrou numa conta de Lima criada em 1999 no UBS – terá sido nesta que as autoridades brasileiras dizem que estão os 5,5 milhões de euros relacionados com o homicídio de Rosalina Ribeiro.  in  A Bola,22-06-2012

Estamos, de facto, esclarecidos, Sr. Primeiro-Ministro e Srs. Ministros da Saúde, das Finanças, da Economia e adjunto Miguel Relvas
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Geral

A Ferrugem da Corrupção

Textura de Ferrugem foto de Luís Filipe Zeferino

O Ministério Público alemão acusa administradores e quadros superiores da Ferrostal de terem pago mais de 62 000 000 (sessenta e dois milhões de euros) em subornos para concretizar o negócio dos submarinos que vendidos à Grécia e a Portugal.

Será possível?

Que esse dinheiro tinha ido todo para a Grécia é o mais provável. Em Portugal não há corrupção. Nenhuma dessas negociatas seria possível acontecer. Isto é um país de gente séria e o ministro da Defesa que assinou os contratos de compra dos submarinos, Paulo Portas, nunca permitiria que tal viesse a acontecer.

Esses alemães são loucos! Em Portugal não há condenados por corrupção, nem por enriquecimento ilícito, porque não há corrupção, nem enriquecimento ilícito!

É tudo gente de dedicada ao trabalho e à causa pública, mesmo quando estão a trabalhar nos privados!

Nas varas e nas varetas nacionais não entra ferrugem!

As portas são todas transparentes!

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Política

Uma República dos Ananases

Armando Vara recebeu do BCP, 822 000 euros, correspondentes ao salário de um ano 260 000 euros, mais o que receberia se cumprisse o mandato 562 000 euros.
Recebeu-os sem mexer uma palha, sentadinho em casa a tirar macacos do nariz. Aliás, pelo que disse numa entrevista a Judite de Sousa quando foi constituído arguido no caso Face Oculta, o essencial do seu trabalho eram almoçaradas e jantaradas em que se decidem créditos e débitos bem comidos e bem regados, ainda por cima pagos por outrem ou pelo banco em que lhe chamavam senhor administrador. Seria um espectáculo inesquecível obter gravações cinematográficas do dia-a-dia do sujeito. Só as das horas de trabalho, nada de violar a privacidade, nem sequer ver os registos das entregas de caixas de robalos.

À sombra da bananeira Armando Vara recebe, por mês, 68 500 euros (822 000/12 meses) o equivalente a: Continuar a ler

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Costumes, Política

Sempre na Linha da Frente!

No nosso querido Portugal só acontecem coisas que inflacionam o orgulho nacional. Há sempre um português que se distingue e deve ser universalmente conhecido pela sua capacidade de iniciativa, de inventiva, de arrojo, de vencer os momentos de adversidade. São as sequelas da nossa saga de dar novos mundo ao mundo.

Hoje comemora-se o Dia Internacional do Combate contra a Corrupção. Antecipando-se a essa celebração, o empreendedor sucateiro Manuel Godinho, que, presumivelmente (cuidado com a língua!), repito, presumivelmente (não vá o diabo tecê-las), repito mais uma vez, presumivelmente (ufa, já devo estar a salvo de algum mal entendido). andou a corromper meio mundo por todo o país, requereu, através dos seus advogados, a nulidade das escutas em que é o principal protagonista (anular escutas é uma banalidade, é sempre a abrir desde o Apito Dourado) porque os juízes que o mandaram prender preventivamente estão sediados numas terriolas perdidas no centro do país, enquanto ele Godinho andava por todo o território nacional a recolher sucata, a produzir riqueza, a dar emprego a muita gente e a distribuir benesses por muita outra.

Não se admite que uns doutorecos, sentados nos tribunais de Ovar e Aveiro, tenham a pretensão de ultrapassar as suas fronteiras territoriais para perseguir um empresário que, sem sombra de fadiga, percorria Portugal de lés a lés.

Manuel Godinho quer ser o primeiro a apagar as velas do bolo de aniversário do Dia Internacional de Combate à Corrupção, apagando as escutas telefónicas que presumivelmente (já não deve ser preciso repetir) o incriminam.

Juntemos as nossas vozes à do Godinho, cantemos lá vamos cantando e rindo, levados, levados sim, pela voz do som tremendo das tubas clamor sem fim da nosso querido sistema democrático e da política de direita que nos (des)governa há trinta anos.

Não há no mundo um país como o nosso Portugal!

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Geral

Justiça?

O caso Freeport que se arrastou durante quase dez anos em investigações entre Portugal e Inglaterra, com passagem por Haia, um triângulo das Bermudas onde desapareceram todos os presumíveis corrompidos e dinheiro que ninguém sabe onde pára, vai finalmente a julgamento.

Arguidos dois, Charles Smith e Manuel Pedro. São acusados de corromperam uns fantasmas por cujos bolsos circularam milhões de euros de que se perdeu o rasto, e que navegou pelas inevitáveis offshores.

Mais uma curiosidade da justiça portuguesa.

No banco dos réus sentam-se corruptores sem que ao lado esteja alguém que tenha sido corrompido.

Há dinheiro, milhões de euros, utilizados para comprar favores mas não há favores comprados.

Há dinheiro, muitos milhões de euros, que se evaporaram e não se sabe onde voltaram a adquirir o estado sólido.
A única coisa verdadeiramente real e palpável é a existência do Freeport em Alcochete, num território que pertencia a uma Reserva Natural, que foi desanexado dessa Reserva quando o governo estava moribundo e o Ministro do Ambiente e seus Secretários de Estado despachavam já com um pé na rua.

Não houve um golpe de vento senão, enquanto a mãozinha rabiscava a assinatura, iam fazer companhia ao Martim Moniz, ficando entalados na porta do ministério.

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