Geral

II – Suicídio – Ajuda e prevenção

Tal como referi, vou acabar a abordagem sobre a temática do suicídio. Espero que não tenha defraudado o companheiro Álvaro que me lançou o desafio. Espero ainda poder dado algum contributo válido para que todos possamos mudar as nossos preconceitos e sejamos compreensivos e colaborantes com quem tem o sofrimento de achar o suicídio o único recurso para a sua vida.

No caso de suicídio, nada poderemos fazer em relação à pessoa que o cometeu. Podemos ajudar os familiares amparando-os na sua fase de luto.

 Para ajudarmos alguém que fez uma tentativa de suicídio ou ameaça com o suicídio, temos de evitar que surjam alguns dos sentimentos que habitualmente aqueles comportamentos suscitam em nós. (hostilidade, rejeição, angústia). É importante que o nosso principal pensamento seja o de que esse alguém está em sofrimento e que precisa de ajuda. Temos de nos desfazer de todas as ideias feitas que nos podem levar a atitudes incorrectas.

Todas as ameaças de suicídio devem ser encaradas com muita seriedade, mesmo que possam parecer manipulativas. Toda a ameaça de suicídio deve ser considerada um pedido de ajuda,de socorro, talvez o mais pungente e infeliz de todos. O suicídio não é um acto de cobardia ou de coragem, pois o que faz com que uma pessoa pense na morte como solução é uma dor insuportável e a crença de não existirem alternativas.

Assim há um certo número de ideias a combater: Continuar a ler

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saúde

1 – Suicidio – causas e factores de risco

Quadro de E. Manet

O suicídio é um fenómeno bastante complexo, porque envolve múltiplos aspectos: emocionais, sociais, religiosos, culturais e filosóficos. Ainda é tratado como um tabu e, por isso, o seu próprio estudo, em termos científicos, foi feito muito tardiamente.

A morte é algo com que o ser humano não consegue lidar sem sofrimento. De resto, a busca da imortalidade tem sido uma constante e talvez seja o sonho maior na história da humanidade. E, neste século XXI, o sonho mantém-se, embora questões centrais em torno dessa imortalidade não sejam discutidas.

A morte voluntária e programada é percebida, em geral, como uma afronta à vida e causa sempre sentimentos de hostilidade, de culpabilidade, de angústia, senão mesmo de censura e de rejeição, no seio familiar, dos amigos e da sociedade, em geral.

Todas as religiões consideram o suicídio um acto condenável e algumas mesmo um pecado.

Só no século XX, em muitos países, o suicídio deixou de ser um crime que podia mesmo atingir a família de quem o cometera.

Embora o suicídio seja um acto profundamente individual e ligado ao direito de liberdade de decidir sobre a própria vida, o mesmo não pode ser desligado do contexto social onde ocorre. Hoje, é considerado um problema de saúde pública.

 Dados sobre suicídio no mundo Continuar a ler

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