Ser poeta é viver noutro planeta, é ser fantasioso, nebuloso, pasmado, e fazer rimar palavras como quem cria um jogo de sonoridades e de múltiplos sentidos.
Ser poeta é ser nómada, quase como quem anda perdido, em busca de um verdadeiro sentido para o amor e para a vida, em terra de homens.
Ser poeta é transportar a dor e a alegria, fingindo que se sente. É ver o mundo inteiro, é ser íntegro, mesmo nos momentos mais confusos, é ser como a água e o sal, é ser solidário, amigo, por dentro e por fora, gostar da vida e tocar com a palavra escrita a essência da alma humana.
Alguns,uns mais que outros, elevam-se, não por altivez ou vaidade, mas porque os seus sentidos, de tão sensíveis a tudo o que existe, lhes entregam a incumbência de florir, como se de uma semente, de uma árvore ou de um fruto se tratasse.
Que mistério transporta consigo o poeta para ser alguém assim tão especial?
Se eu ainda fosse criança diria que talvez o poeta faça parte do mundo da magia e, onde toca, tudo transforma.
Deve ser bom ser poeta!
Bela síntese poética ! É isso mesmo que significa ser poeta…
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