Com papas e bolos… se enganam os tolos, diz o velho ditado. Felizmente, já vai havendo poucos tolos que possam ser enganados por este Governo PS, mas eles acreditam que ainda podem enganar todos o tempo todo.
Uma das que usaram para tentar enganar, mais uma vez, os portugueses foi a promessa, feita no momento em que anunciavam o maior roubo fiscal e salarial de que há memória na democracia portuguesa, de instituir uma taxa a pagar pelos bancos como forma de contribuir para reduzir os efeitos da crise esperada em 2011.
A falta de rigor com que a medida foi anunciada, em comparação com a exactidão das quantificações dos ganhos esperados com as reduções salariais e o aumento da carga fiscal sobre os cidadãos, fazia esperar o pior. Mas o PS conseguiu fazer ainda pior do que o pior que esperávamos. Afinal, a taxa era só mesmo mais uma oferta de papas e bolos para enganar tolos. Chegado a 5 de Janeiro, o Governo não publicou ainda a portaria que permitirá cobrar a tal taxa aos bancos, apresentada como a medida de justiça social com que o Governo pretendia fazer-nos crer que iria equilibrar os sacrifícios que pediu aos que menos podem. A medida com que nos queria fazer crer que, apesar de tudo, ainda lhe restava alguma perspectiva de esquerda na abordagem dos problemas.
É bem verdade que, no momento em que se recusou a proibir o pagamento antecipado das mais valias bolsistas pela PT e outros que tais, nos deu logo todas as pistas para adivinhar o que se iria passar com esta taxa, mas era admissível ainda o benefício da dúvida. Agora, já não. Está tudo esclarecido.
Claro que já começou a discussão dos fiscalistas e juristas sobre a retroactividade ou não retroactividade da taxa, o que significa que a coisa se arrastará eternamente nas bancas dos tribunais e, entretanto, lá se foram mais uns milhões para encher os bolsos do sistema bancário e dos seus senhores.
Já não há mais palavras para descrever esta falta de seriedade, de dignidade, de tudo…