Geral

CUBA/EUA- o discurso de Raul de Castro

Obama Castro

Habituados à ligeireza  intencional, com objectivos mais que sabidos, da comunicação social, ao modo enviezado com que se fabricam e alinham as notícias, apoiados pelos comentários dos inúmeros e variegados interpretadores dos sinais do que se passa no mundo para nos (de)formarem a visão, em que alguns, sem perderem o norte marcado na bússola dos mandantes, são mais sofisticados por formação académica ou prática diplomática, não se pode ficar admirado com o modo com tem sido tratado a aproximação entre Cuba e os EUA.  Desse imenso aglomerado de gente, na rádio, jornais, televisão, Internet,  foram banidos todos os que poderiam ter outro ângulo de visão, mais à esquerda , e outra profundidade de análise, não se limitando aos medias telecomandados, e com base em informação sólida, que desse e doutros sucessos dessem uma visão do mundo não normalizada, que não se conforma com o quadro imposto pelo império.  Ainda se lembram quando Pezarat Correia ou José Goulão (este com blogue que deve ser frequentado por quem quer saber realmente o que se passa no mundo), só para lembrar dois homens de vasta informação e seriedade, apareciam nos jornais ou nos ecrãs televisivos?  Agora resta-nos uma sucata, onde ainda brilha alguma esquerda, representada por variantes menores do Príncipe de Salinas, reluzente nas suas opiniões de esquerda sensata ou esquerda de gente gira, que impulsionam democraticamente o movimento do mundo para que este não saia sair dos seus eixos. Nada do que é publicado e como aparece nos causa surpresa.

No percurso de aproximação entre Cuba e os EUA, na recente cimeira das Américas, o discurso de Raul de Castro ficou sepultado no aperto de mão histórico, no encontro histórico que mantiveram, nas declarações históricas mais insignificantes dos dois presidentes, se nos limitarmos a seguir o que foi publicado na generalidade dos media onde a adjectivação de histórico para aqui, histórico para ali ia brunindo a superficialidade do noticiado. A habitual  filtragem feita pelos mais rigorosos e independentes critérios jornalísticos (esta é para todos nos rirmos a bandeiras despregadas!) acabou por menorizar o que ambos disseram.

Do importante discurso proferido por Raul Castro na Cimeira das Américas, os media internacionais apenas reproduziram um pequeno aparte dirigido a Obama. Omitiram deliberadamente, como é a sua prática, o essencial desse discurso que aqui reproduzimos, repescado do Diario.info Continuar a ler

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