O corte de abastecimento de água a 11.836 clientes da EPAL em Lisboa!
Os cortes realizados em 2013 representaram um aumento de 15% relativamente ao ano anterior. A negação do acesso a um bem essencial, como a água, configura uma violação grave dos direitos humanos.
Porque deixaram aquelas pessoas de pagar a conta da água? Quando se sabe que essa é a última linha da dignidade humana.
E porque será que a tarifa social da EPAL não chega a ser utilizada por 1% dos seus clientes? Uma empresa que teve 40 milhões de euros de lucros no ano passado e que lida com o mais precioso líquido para a vida, bem poderia utilizar parte desses recursos para apoiar os sectores da população mais debeis e excluídos!
A condenação à morte de 529 apoiantes do presidente egipcio Mohamed Morsi!
A esperançosa primavera arábe desaguou no mais gelado inverno. Pelo menos no Egipto – mas não só. Mohamed Morsi foi o primeiro presidente egipcio eleito democraticamente pelo voto popular. Representou um interregno no poder autoritário militar, de várias feições, que governa este grande e milenar país africano desde a sua independencia.
Derrubado por um golpe militar, os apoiantes de Morsi mobilizaram-se massivamente para protestar e defender a legitimidade do presidente eleito.
O julgamento que condenou à morte 529 dos seus apoiantes da Irmandade Muculmana, dos quais apenas 153 se encontram sob detenção, durou dois dias!
Se a pena de morte é uma abjecção que à civilização repugna, que dizer deste superlativo exemplo do desprezo pela vida humana?