Em Portugal, as armas e os barões assinalados de uma maioria, um governo, um presidente, o alfa do pensamento politicamente esquálido de Sá Carneiro, deixam registos a assinalar nestes últimos anos.
Um Presidente especialista em raspadinhas premiadas do BPN. Um Primeiro-Ministro que, segundo o seu último empregador, era um entendido em gazuas ”que abria todas as portas” Um Vice-Primeiro Ministro perito em submarinos e feiras e aparecer dedo no ar por tudo e por nada. Uma Ministra das Finanças que hoje diz uma coisa e amanhã outra e é mestre em falhar todos os objectivos ,pelo que os seus melhores orçamentos são os rectificativos. Um moedeiro falso que corta a eito na investigação e vai para a Europa dizer o que nunca disse nem fez para garantir o tacho. Um Ministro da Educação que lança o caos no ensino básico e secundário , sorri satisfeito por lhe cortarem 700 milhões no orçamento do ensino superior e na ciência. Uma Ministra da Justiça que implementa o caos com a reforma judicial. Um Ministro do Ambiente que impõe uma taxa sobre os sacos de plástico e os sujeita ao IVA e inventa um imposto sobre o carbono que vai provocar um aumento generalizado sobre os bens essenciais. Um todo poderoso ex-ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, profissional em licenciaturas turbo. Um Governo finge não saber que a austeridade é o maior inimigo da natalidade e para a incentivar aumenta a discriminação social com um cociente de 0.3/filho no IRS, que beneficia tanto de um presidente de um conselho de administração que ganha 4,2 milhões de euros/ano, como a um casal com o ordenado mínimo, porque os filhos dos ricos não são iguais aos filhos dos pobres. Da chamada sociedade civil exemplos também abundam. Há um banqueiro que cinco dias antes de o seu banco declarar falência apresentou com pompa e circunstância o livro de sua autoria “Testemunho de Um Banqueiro. A história de quem venceu nos mercados”. Um outro recebeu a distinção de doutor honoris causa para nos depois se descobrir o enorme buraco do seu banco que era, diziam, um dos pilares da economia e da finança nacional. Esses dois sucessos tiveram lugar no ISEG pela mão de João Duque que o dirigia e é membro destacado do think-tank nacional que continua a ser reverentemente escutado nos media..
Etc, etc, etc. A lista poderia continuar, ser quase interminável, se não tivesse acontecido nos últimos dias uma iluminação quase divina que nos deixa alumbrados.
O anterior Ministro da Economia tinha descoberto e empunhado a alavanca mestra para aumentar as exportações: o pastel de nata.. Anos passados a por canela nos pasteis de nata sem se verem resultados palpáveis eis que o Presidente da República se chega à frente, dá um valioso e definitivo contributo:“o hipismo é uma área chave para o desenvolvimento da economia nacional”É a grande revelação que banaliza mesmo as da Senhora de Fátima aos pastorinhos. O grande desígnio nacional está encontrado: O Pastel de Nata a Cavalo