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Trabalhos de Casa

BES

a administração do BES a fazer o trabalho de casa

Há uns anos atrás, no inicio da crise que afectou o mercado financeiro internacional, Ricardo Salgado afirmava nos meios de comunicação social, sempre prontos a servilmente lhe ouvirem as opiniões e avisadíssimos conselhos, que o BES tinha feito o trabalho de casa, estava ali para as curvas, pronto a superar qualquer crise.

Agora,com a ruína do BES à vista desarmada de qualquer um,, com os mesmos meios de comunicação social a estamparem os desvairos de uma gestão ruinosa, a corrupção que grassava naquela tão brilhante e honradíssima instituição bancária, tudo parece muito escandalizado com uma situação banal. O objectivo desse pós-servilismo é evidente : com uma peneira ocultar que o sistema financeiro é substancialmente corrupto. Tudo o que assiste, por esse mundo fora, de lavagens de dinheiro de diversos tipos, falcatruas em barda, golpadas cada cor seu paladar, tudo resolvido, a maior parte dos casos, com multas que são uma fracção dos lucros obtidos legal, alegal e ilegalmente, com essas manigâncias. Quase todos os dias uma dessas tão veneráveis instituições salta para as pantalhas. Outras estão sempre na calha, prontas a um descarrilamento, rapidamente resolvido para não haver uma pandemia. Um mundo fedorento!

Neste caso, que foi impossível travar, o extraordinário é centrar as culpa num administrador, como se todos os outros e mais um número indeterminado de quadros superiores, não fossem solidariamente culpados e altamente beneficiários daquelas manobras. Salgado, o Ricardo já pagou 3 milhões de euros de fiança, não ficar preso como deveria ter ficado. Agora dizem que está ameaçado por uma multa de 10 milhões de euros. Nada que o incomode. Tem muitos milhões para pagar esses amendoins. Num país com milhões de pobres e outros à beira da pobreza é um sonoro insulto a todos, menos para o governo e seus sequazes, solidário, conivente e trabalhando afincadamente para que este sistema, que permite essas situações aviltantes, indecorosas moralmente insuportáveis continuem o seu caminho imoral. Ningém questiona de onde lhe vem tanto dinheiro. Em que colchões habita.

O extraordinário é ninguém ainda ter perguntado se aquela gente, que arruinou um grupo económico também ficou arruinada, se já vivem com o rendimento Social de Reinserção, se se alimentam na Sopa dos Pobres se recolhem roupas na Caritas.

Algum dos Espíritos Santos, Salgados, Ricciardis ou afins está a passar por dificuldades? Não continuam a ter contas muitíssimo bem recheadas à conta dos escombros do Grupo Espírito Santo?

O crime compensa e compensa bem, desde que não se finte descaradamente o Fisco ou mesmo depois de o fintar, quando a finta falha, vir rectificar para não se lhe ser mostrado nenhum cartão.

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O fantasma que ainda não entrou pelas portas do Campus da Justiça

fantasma

Depois do BES, dos VISTOS GOLD e do caso José Socrates,, de todo o aparato que tem rodeado esses casos, de toda a excitação que percorre de norte a sul o país,esperamos que a justiça continue muito activa e que abra, finalmente, as portas para entrar a sexta pessoa, que em dia certo  a  hora certa, como Ricardo Salgado informou a famiglia, recebeu comissões dos submarinos, além dos 5 milhões de euros que terão ido parar a contas dos membros do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo (GES), e que saiu dos 30 milhões, parte da fatia da comissão paga à Escom por serviços de consultoria prestados ao consórcio alemão.

Quem será esse fantasma que continua a ensombrar a justiça no caso dos submarinos?

Caso dos submarinos que tem a particularidade de alemães estarem presos por pagarem “luvas” e em Portugal ninguém estar preso por as ter recebido.

Façam o favor de abrir as portas do Campus da Justiça para o fantasma as franquear e ter finalmente nome!

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Comédias de São Bento!

arlequins

Em princípio, se tudo correr bem, as escolas começarão o ano escolar normalmente com mais de um mês de atraso! Se no fim tudo continuar a correr mal, mal vai correr para os professores colocados que não ficam colocados porque o ministro com uma lata infame desmente-se dando o dito, na AR aos deputados, jornalistas e assistentes, por não dito, o ano escolar começará normalmente não se sabe é quando. Para o governo, para o ministro, para o ministério nada de grave se passa porque a normalidade acontecerá, só não se sabe quando.

Parece que há uma comarca nos Açores onde o Citius já funciona em pleno. No resto do país, mais de um mês desde o fim das férias judiciais, de viagens diárias de centenas de quilómetros percorridos por muitos funcionários judiciais em busca do seu novo posto de trabalho, de tribunais em obras, de tribunais atascados pelos processos oriundos de tribunais fechados, de arrumos e desarrumos e do Citius continuar em estado comatoso, a Justiça e os tribunais irão um dia encontrar a normalidade da reforma judicial, só não se sabe quando.

A ministra das finanças, com a mesma convicção com que afirmou que o caso BES não custaria um cêntimo aos contribuintes, agora diz que o caso BES afinal vai entrar nos bolsos de todos nós. A facilidade com que mentem e se desmentem os governantes, os deputados das bancadas da maioria que suporta o governo, os seus comentadores de serviço, torna-se pegajosa. Já nenhum deles se se consegue livrar desse vírus que torna os cérebros dessa gente esponjosos. Papel mata borrão das maiores abominações.

Após três anos a sermos esfolados vivos, olhamos atónitos para o wrestling verbal entre o primeiro-ministro, o vice-primeiro-ministro, a ministra das finanças, as claques governativas, todos de olhos em bico fixados no calendário eleitoral a prometerem e a descomprometerem-se com uma baixa de impostos, se. Se em principio e se tudo correr bem. Os resultados da esfola, apesar dos sucessivos bailes de máscaras das estatísticas, não têm corrido bem. O grande objectivo sempre trombeteado da redução do défice falhou sempre desaforadamente. Este ano falhará por quase 1%. Eles dizem que não haverá mais austeridade. Vão reduzir o IRS que nos estrangula! Mais à frente percebe-se que, mais uma vez, nos mentem! Não será o IRS mas uma ligeira redução da sobretaxa de 3,5% sobre o IRS. O IRS vai continuar a estrangular-nos
!

Cortarão pouco, muito poucochinho na sobretaxa, se as coisas correrem bem. Se o aumento da despesa com os transportes públicos e o BPN, que continua uma sangria desatada, não for considerado para o défice.  Isto antes de se conhecer quanto é que de facto vai custar a todos nós a implosão do BES, que ainda tem um banqueiro no activo que, apesar de se saber que recebeu comissões submarinas, continua a dar beijos públicos ao primeiro-ministro. Tudo boa gente. Tudo farinha bichosa do mesmo saco.

Quanto é que estas comédias nos vão custar? Qual o preço de tantas mentiras? Quando se destapar a tampa da sanita onde essa gente habita, quanto vai ser a factura que vamos pagar para arejar o país e despoluir o ar?

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Banco espírito santo, CDS, Ecologia, PSD

O SAPO,A TRAFULHA, O CÓCÓ, O RANHETA, O CORO DOS LOUVAMINHAS

ratos

A vigarice em roda livre bate todos os tambores fazendo proclamar por todo o país: Arraial! Arraial!na solução encontrada para o BES, os contribuintes estão a salvo!!! Qualquer que seja o desfecho, os contribuintes não pagarão um cêntimo!

Alguns, mais ousados e mais idiotas, até acham que isto é a face de uma nova política!!! Abençoados, o reino dos céus é deles!

A procissão ainda vai no adro, Várias as cenas. É ver o combate canalha entre os reguladores, num vale tudo, das caneladas e facadas nas costas em plena praça pública, ainda estamos nos primeiro assaltos, até ver se não é um combate de wrestling! A batalha BES/PT/OI, com rajadas de e-mails a atravessarem o éter, raios lasers mortíferos em que, como nos filmes do género, acabará tudo à batatada.

Isto ocupa a malta da comunicação social enquanto o cenário mais grave, mais sério, de que ainda não se fala, que vai varrer a frágil economia nacional, se avoluma no horizonte, com falências de muitas pequenas e médias empresas, algumas já anunciadas outras em marcha, que trabalhavam para o grupo Espírito Santo ou de forma directa ou indirecta estavam na sua órbita. Mais a reestruturação, desmentida para ser logo de novo enunciada, do Banco Bom, com rescisões de contratos, despedimentos, redução de balcões. Uma catástrofe que se avizinha e que, mais uma vez e sempre, enquanto esta política perdurar, vai atingir os do costume: os trabalhadores, as pequenas e médias empresas.

Essa linha negra no horizonte não incomoda o sapo que incha de vaidade por ter encontrado uma solução que a Comissão Europeia e o BCE louvaram. Incha, devia inchar até rebentar de vergonha, coisa que essa gente nem sabe o que é, por durante meses ter garantido a solidez do BES, a credibilidade da Comissão Executiva do BES, da famiglia, de Ricardo Salgado, passando-lhe um certificado de idoneidade mesmo depois de ele ter rectificado por três vezes a sua declaração de IRS, por se ter “esquecido” de declarar uns muitos milhões de euros. De dormitar sobre a almofada que dizia existir no BES. De ter avalizado um aumento de capital de mais de mil milhões de euros, enganando muitos pequenos accionistas que, pobres dele, acreditaram na palavra do Senhor Governador. Também ele está na primeira linha dos que garantem que a solução encontrada protege os contribuintes. É de lembrar que este Carlos Costa, governador do Banco de Portugal é o mesmo Carlos Costa que no BCP era director do sector do estrangeiro e não sabia nada das manigâncias feitas nas offshores pelos jardins gonçalves&companhia. Aos ricardos do BES deu-lhes tempo para porem o dinheiro a salvo nas offshores, enquanto o grupo ardia! Com as contas congeladas no BES onde é que Ricardo Salgado foi sacar três milhões de euros para pagar a fiança? Não deve ter sido a arrumar carros! Ou mesmo iates na doca de Cascais!

A trafulha da ministra das finanças foi à AR , onde entrou e saiu com o seu passo de pinguim de quem só tem certezas, dizer que ao contrário da solução encontrada para o BPN, esta protege os contribuintes. Esqueceu-se de acrescentar que com os votos de todos os partidos, PS, PSD e CDS, no BPN nacionalizaram-se os prejuízos no BPN e deixaram os lucros privatizados na SLN. Deveria acrescentar que o PCP votou contra e apresentou uma proposta de se nacionalizar o BPN e a SLN. Contou a história de encantar que os contribuintes estão defendidos porque se trata de um empréstimo a ser pago num prazo máximo de dois anos. Quem paga se o Banco Bom não for vendido pelos 4,9 milhões agora emprestados? Diz ela sem se rir, os pinguins tem aquele ar assexuado que engole todos os sorrisos e risos, que será o Fundo de Resolução. Quer dizer os Bancos!!! Os mesmos bancos que foram ao Banco de Portugal impor a solução de avançarem com mais dinheiro do que existia no Fundo de Resolução, dede que o dinheiro aí parqueado e o dinheiro que generosamente se dispuseram a avançar, passasse a contar como empréstimo. Quer isto dizer que o sector bancário deixou de correr qualquer risco quando se chegar ao fim da linha. O dinheiro avançado pela banca, fica assim garantido pelo Estado, pelos dinheiros públicos! O governo, a ministra das Finanças aceitaram essa solução/imposição e continua a dizer que o sector bancário pagará o diferencial entre o valor da venda do Banco Bom e o do empréstimo agora feito pelo Estado. Isto, quando os bancos, com esse golpe de asa já garantiram, com o aval do governo, que o dinheiro que empatam no Banco Bom, corra bem ou corra mal o negócio, está garantido pelo Estado. Por todos nós contribuintes. Para eles é obviamente a melhor solução. O dinheiro que avançaram deixou de ser capital de risco. É emprestado sem correr nenhum risco. Mais uma vez se demonstra que quem verdadeiramente manda em Portugal é o capital financeiro, mesmo com alguns dos seus capitães abatidos.

A farsa do primeiro-ministro e do vice primeiro-ministro também é primorosa. Um em férias fingindo que tudo corre pelo melhor. O outro aparece, com aqueles olhinhos de bandido de bom corte, para repetir que a solução protege os contribuintes, os trabalhadores do BES, o não sei mais o quê! Prodígios só possíveis com esta governação Cócó e Ranheta a darem facadas no país. A claque de informantes e comentadores de serviço na comunicação social quando são de direita embandeiram em arco com a solução encontrada. Se se dizem de esquerda acham que é a melhor solução entre todas as possíveis. Única questão que colocam é se a venda do Banco Bom dará para pagar o dinheiro que o Estado lá meteu e quem pagará, fingindo não ter percebido que não será de certeza o Fundo de Resolução, como os bancos demonstraram.

O que não passa pela cabeça dessa gente é porque será que o Estado, neste momento o único accionista do Banco Bom, vai com esse dinheiro financiar privados em vez de ficar detentor de um banco limpo dos seus activos tóxicos? Deixando aos accionistas do Banco Mau a resolução das suas malfeitorias. É o horror pela gestão pública e a defesa, mesmo a mais indefensável, da gestão privada sempre ou quase sempre suportada por dinheiros públicos! Ninguém, dessa troupe de saltimbancos políticos, economistas e supostos espertos financeiros , se interrogou se o BES continuasse nacionalizado, se não tivesse sido entregue de mão beijada a essa honrada e reputada famiglia, teria chegado ao descalabro a que chegou, enchendo de muitas dezenas de milhares de euros os bolsos da famiglia.

Toda essa gente esconde que seremos sempre nós contribuintes que vamos pagar a factura que os Espíritos Santos, Salgados ou Ricciardis, passaram a Portugal. Os quase cinco mil milhões de euros que fazem parte do empréstimo da troika a Portugal que tem sido dolorosamente pago pelos portugueses que, para o pagarem, perderam direitos sociais e económicos, que viram os seus salários, pensões e reformas serem brutalmente esbulhados. Que foram para o desemprego ou obrigados a emigrar. Que a parte mais significativa do Fundo de Resolução também é dinheiro nosso, dinheiro do Estado. Vem dos impostos que a banca devia pagar ao Estado. Isto não é dito e deve ser dito para demonstrar que no fim de tudo, seremos sempre nós a pagar o descalabro do BES, que o Estado com estas políticas continua afincadamente a utilizar o nosso dinheiro para financiar a actividade privada.

Um alerta final: o BANIF, onde o Estado injectou 1,1 mil milhões de euros para não ir à falência, apesar desse empréstimo apresentou um prejuízo, no primeiro semestre de 2014 de 196 milhões de euros!!! No turbilhão BES, isso passou quase despercebido para felicidade de Luís Amado e seus pares na administração do BANIF. Vão precisar de alguma almofada para repousarem a excelência da sua gestão?

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