Na
Venezuela a comunidade portuguesa fez uma manifestação
que decorreu em frente ao consulado português, a pedir o dinheiro do
Estado venezuelano bloqueado pelo Novo Banco. O
chefe da diplomacia nacional
comentou
sem
uma ruga de dúvida:
“Portugal
é um estado de direito, uma democracia política e uma economia de
mercado e os bancos não obedecem aos governos.”
Santos Silva, o putativo
ministro dos Negócios Estrangeiros na realidade um factotum da
política norte-americana, tem a lata – coisa abundante no
personagem como se pode verificar nas suas andanças por vários
cargos ministeriais por onde já passeou o seu sobrolho franzido como
sinal de inteligência – de fazer esta afirmação sabendo muito
bem que o Novo Banco faz o confisco de 1 543 milhões de euros de
dinheiro do estado venezuelano obedecendo ao ditames do governo dos
EUA e não por quaisquer outras razões.
Novo Banco sublinhe-se que,
entregue a um fundo abutre norte-americano, foi salvo e sobrevive com
dinheiro extraído dos bolsos dos contribuintes portugueses. Já lá
vão mais de 1 800 milhões de euros, estando previstos mais uns
milhares de milhões nos próximos anos.
A falta de vergonha dessa gente
não tem fronteiras, julga que todos nós somos parvos e engolimos os
sofismas cínicos e hipócritas que debitam com a agravante de
demonstrar que o governo de um país estrangeiro dita ordens a um
banco com sede em Portugal, o que acaba por ser natural quando o
ministro dos Negócios Estrangeiros não é mais que um engraxador
dos sapatos de Pompeo, Bolton & companhia.
Entretanto são confiscados directamente à Venezuela mais de 4 mil milhões de euros, em Portugal e em Inglaterra. O Banco de Inglaterra congelou ouro que pertence ao governo da Venezuela com um valor de 1, 5 biliões de dólares. A Blomberg noticiou que a decisão de não autorizar o pedido de retirada de ouro foi feita depois que altos funcionários dos EUA, inclusive o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, pressionaram seus homólogos britânicos a bloquearem o acesso a ativos no exterior por Maduro, necessários para a compra de medicamentos, alimentos e outros produtos de primeira necessidade para a sobrevivência da população do país. Santos Silva nem precisou de ser pressionado, bastou um estalar de dedos sabendo bem de mais os dignatários norte-americanos que o Silva é a voz do dono e espera amestrado o que soa na corneta acústica, como no logo da HMV, para tudo justificar com conversas da treta.
É de lembrar que esta política
dos EUA começou com Obama, quando em Portugal um digno antecessor de
Santos Silva, o inefável Luís Amado que rastejava nos tapetes por
onde passeava Hilary Clinton, para depois ser recompensado com um
lugar na administração do Banif até o levar à falência.
Por cá os seus lacaios. Gente
sem dignidade que nem sequer sabe o que é dignidade que arrastam
Portugal para estas aventuras do imperialismo desprezando as
comunidades portuguesas da diáspora.
A eurodeputada Marisa Matias denuncia os oportunismos de última hora do PSD e do CDS em relação à Venezuela e faz uma revelação bombástica : “Nós, no Bloco de Esquerda, não estamos ao lado de Trump nem de Bolsonaro em relação à Venezuela. No Bloco de Esquerda estamos ao lado de Guterres e das Nações Unidas”. A coordenadora do BE diz que «a posição do Governo português de reconhecer Guaidó não tem precedente e viola o direito internacional» para logo a seguir exigir «eleições livres» o que é uma estranhíssima afirmação pressupondo que as eleições que até aqui se realizaram na Venezuela não têm sido livres nem sujeitas a apertada supervisão internacional. Só nas últimas eleições é que a ONU e a UE, sem o justificarem, se escusaram a participar no restante grupo de observadores internacionais, o que entreabriu portas à golpada em curso. É o BE a denunciar o oportunismo dos outros enquanto faz público strip-tease do seu oportunismo. Deviam saber, até devem saber mas passam ao lado, que Guaidó, também as exige embora adiantando que é necessário depurar as instituições que supervisionam eleições na Venezuela, os cadernos eleitorais e mais um rol de exigências de um programa de claras florescências macartistas. No horizonte o desejo de eleições como as descaradamente fraudulentas nas Honduras, as manipuladas no Paraguai, Colômbia, etc. O BE não estará evidentemente de acordo com essas «eleições livres» de Guaidó mas, com as suas tergiversações, percorre um perigoso caminho paralelo.
Marisa
Matias alinha
ao lado de António
Guterres,
ainda sem ter a oportunidade de lhe distribuir uma ração de beijos
como fez com Tsipras, para
saudar e dar cobertura à sua sinuosa manobra diplomática quando, a
par de
Federica
Mogherini, a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros
e a Política de Segurança, se recusou,
sem
explicar os motivos, a
enviar delegações que dessem
assistência e supervisionassem
as eleições em que
Nicolás
Maduro foi eleito com
67,4% dos votos expressos, tendo-se registado uma abstenção de 54%,
a mais alta de sempre em eleições venezuelanas. Finge
que não sabe que Maduro
foi reeleito usando o mesmo sistema eleitoral com o qual Guaidó se
tornou deputado, que
havia
3 candidatos da oposição, os
outros anunciados desistiram à última hora numa manobra comandada à
distância por Washington para desacreditar essa eleição rufando
desde
o primeiro momento essa
depreciação nos
tambores dos media mercenários. Omite que os outros candidatos
reuniram
33% dos votos e seguiram as regras acordadas na mesa de diálogo
realizada na República Dominicana entre o governo venezuelano e a
oposição, com o ex-presidente espanhol Zapatero como mediador, que
também participou como observador nas eleições presidenciais. Nada
disso lhe interessa, tal como não interessa que, na
realidade, António Guterres, sancionando
essa ausência,
tenha
dado
antecipada cobertura, do alto do seu altar de secretário-geral da
ONU, ao Grupo de Lima, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru,
Santa Lúcia e México (antes das eleições que colocaram Lopez
Obrador na presidência e que se hoje se recusa a apoiar
o
golpe de estado de Juan Guaidó), “que
não reconheceram os resultados das eleições presidenciais devido à
percepção de falta de transparência”,
o que é irónico olhando para aquele painel de países. Foi
com essa
encenação e
o implícito e nada inocente beneplácito de Guterres e Mogherini que
se
preparou
o golpe de estado em curso, com
que
a deputada euro-europeia e o BE alinham por mais ginásticas façam.
Marisa
Matias e
o BE
bem podiam
ter evitado o embaraço em que se embrulharam.
O
oportunismo do BE de nem Maduro nem Guaidó, atirando
para debaixo do tapete que é um é presidente eleito e outro o actor
de um golpe de estado, está
em compasso com
a desinformação e manipulação mediática que, desde o princípio
da revolução bolivariana de Chavez, tem sido uma das principais
armas de combate do imperialismo. Isto apesar de todas as
controvérsias que envolvem o processo venezuelano, não isentas dos
erros que conduziram ao impasse actual. O que é inadmissível
é que o BE faça umas vagas condenações das brutais agressões e
boicotes que têm sido feitas à Venezuela conduzindo à crise
económica,
impulsionada por ordens executivas de Barack Obama e Donald Trump ao
declarar o país como perigo para a segurança nacional dos Estados
Unidos. Nem
digam nada ou
digam pouco
sobre as
sanções que têm impedido a compra de alimentos e medicamentos, nem
sobre o
confisco de bens venezuelanos nos EUA e países
súbditos das suas estratégias geopolíticas.
Sobre
isso o BE quase
que é
surdo, cego e mudo.
Não
apoiam nem Maduro nem Guaidó puxando
os galões de democratas
todo
o terreno, denunciam
uma deriva autocrática, insinuam que
na
Venezuela não há liberdade de expressão. O
que não se sabe é que raio de democracia e liberdade de expressão
defendem quando a
Venezuela
tem sido o país com mais disputas eleitorais em todo o
hemisfério
da
América do Sul
nas últimas décadas. Desde
1998, foram realizadas 5 eleições presidenciais, 4 eleições
parlamentares, 6 eleições regionais, 4 eleições municipais, 4
referendos constitucionais e uma consulta nacional. 23 eleições em
20 anos. Todos com o mesmo sistema eleitoral, considerado o mais
seguro do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter,
todas
sob observação internacional plural, excepto a última por motivos
óbvios a
atapetar o caminho para a golpada.
Todos
os dias olham para os ecrãs televisivos
e deparam-se com Guaidó
– veja-se
a peça de propaganda montada pelo serviço público da televisão
nacional numa mascarada de entrevista ao putativo presidente que
deve
ter
feito
ficar
Steve
Bannon
roxo de inveja –
dando
declarações rodeado de microfones de meios de comunicação
nacionais e internacionais, devem
considerar que isso não demonstra que haja liberdade. Se calhar,
hipocritamente, consideram que Leopoldo
López, líder do mesmo partido de Guaidó, é um preso político
olvidando que foi condenado por ser o autor intelectual de “La
salida”,
que promoveu as “guarimbas”
de 2014, com saldo de 43 mortos e centenas de pessoas feridas.
Devem-se
comover com os milhões de venezuelanos que, empurrados por uma crise
económica imposta pelo imperialismo norte-americano e seus títeres,
se refugiam nos países vizinhos, esquecendo-se que, pelos números
da ONU, os venezuelanos que fogem à crise são metade dos
hondurenhos que deambulam pelos territórios do continente americano,
o
que não diminui a gravidade da crise que se vive na Venezuela mas
contextualiza-a em relação à miséria que grassa
no continente americano.
Outra
probabilidade é considerarem que os direitos humanos são violados
na Venezuela nos confrontos com
a polícia. Se
atendessem aos números verificavam que, pelos
últimos números de 2017:
131 pessoas mortas, 13 das quais foram baleadas pelas forças de
segurança (compostas por 40 membros presos e processados); 9 membros
da polícia e da Guarda Nacional Bolivariana mortos; 5 pessoas
queimadas vivas ou linchadas pela oposição. O restante dos mortos
foram-no
principalmente enquanto manipulavam explosivos ou tentavam contornar
as barricadas da oposição.
Há
a violência do
banditismo na Venezuela, roubos sequestros e equiparáveis, que não
é maior nem menor que noutros países da América do Sul. Também
isso serve para manipular a informação e apresentar a Venezuela
como o país mais violento dessa região, mesmo
que o Brasil ou a Colombia estatisticamente a ultrapassem. Os
números, a
realidade
pouco lhes interessam. Interessam as imagens desde que não tenham
legendas. Fica-lhes na cabeça aquele jovem em chamas, um opositor ao
regime que involuntariamente se imolou pelo fogo quando pretendia
atear o fogo aos bolivarianos. Horror, horror, tapam os olhos para
não o identificarem e
assim a violência torna-se um valor abstracto.
O
que
o preocupa o BE na Venezuela não é o drama que aquele povo vive por
imposições externas, nem os direitos humanos, nem a ausência de
eleições livres, etc., etc. O que será? Arriscamos uma hipótese:
o relaxe de lutas fracturantes!!! Deve ser isso! No
meio daquele caos, daqueles dramas quotidianos, dos
boicotes e sabotagens
o
Partido Socialista Unido da Venezuela não
dá
a devida atenção às lutas fracturantes, um
crime lesa liberdades que o BE não perdoa.
Tanta emoção, tanta comoção empurra-as para o equilibrismo oportunista de Guterres. “Nós no Bloco não estamos ao lado de Trump nem de Bolsonaro” pois não, era o que mais faltava, mas alinham com os seus desejos. Andam a vender chocolates embrulhados em papel de prata que é de estanho, sentam-se à mesa com o beato Guterres travestido de Pilatos que, da forma sorna que é o seu selo, apela ao “respeito pela lei e pelos direitos humanos” pedindo uma investigação “independente e transparente” aos casos de violência nos protestos de quarta-feira, escusando-se a falar da legitimidade de Nicolás Maduro e da declaração de Juan Guaidó proclamando-se presidente interino, atirando para dentro do armário o esqueleto da ONU, a seu mando mas cumprindo os desejos de Bolton, Pompeo, Trump & Companhia, se ter excluído de observar as últimas eleições presidenciais para abrir a porta ao actual golpe de estado. Nada sobre os boicotes. Nada sobre os pacotes de sanções. Nada sobre o saque aos bens da Venezuela. Um comunicado redigido com água benta de que algumas gotas foram recolhidas sofregamente pelo BE para aspergir o seu comportamento errático a tentar retirar dividendos das circunstâncias. No mais fundo das mais fundas gavetas do excelentíssimo secretário-geral repousa em coma profundo, o BE humanitariamente não o desperta, o relatório de Alfred-Maurice de Zayas, especialista independente que a ONU enviou em 2017 à Venezuela, que afirmava que as medidas coercivas unilaterais impostas pelos governos dos Estados Unidos (EUA), Canadá e a União Europeia (UE) afectaram o desenvolvimento da economia venezuelana, já que agravaram a escassez de remédios e a distribuição de alimentos. Descarta a tese da “crise humanitária”, indicando que o que existe é uma crise económica que não pode ser comparada com os casos da Faixa de Gaza, Iémene, Líbia, Iraque, Haiti, Mali, Sudão, Somália ou Myanmar. Considera que as sanções económicas são comparáveis com os cercos praticados contra as cidades medievais com a intenção de obrigá-las a render-se, que atualmente buscam submeter países soberanos e que o bloqueio económico, aplicado no século XXI, está acompanhado de ações de manipulação da opinião pública através de notícias falsas e relações públicas agressivas, para desacreditar determinados governos. A “ajuda humanitária” , cavalo de batalha de Gauidó espaldado pelos mercenários da comunicação social, em lugar de destaque o enviado especial do serviço público da RTP, é uma das manobras mais miseráveis, cínicas e hipócritas do império norte-americano e seus sequazes que, enquanto garrotam com sanções e boicotes a Venezuela, que já custaram 30 mil milhões de dólares aos cofres venezuelanos e promovem as carências em bens alimentares e medicamentos, enviam em saquetas uma percentagem mínima do que já sacaram.
Marisa
Matias e o BE também nada
disseram
ou
pouco dizem
sobre
o
terrorismo estadunidense que,
não fora o apoio popular ao governo bolivariano e
o de muitas nações que
se
demarcaram
e condenaram
os EUA só
apoiado
pelo
rebanho de
países suas marionetas entre os quais está Portugal, o interino
Guaidó, teria,
directamente ou pelas armas dos para-militares e dos exércitos
colombianos e brasileiros, passado a definitivo, dando início aos
massacres e perseguições e à aplicação desenfreada do programa
de choque neoliberal há muito agendado.
É
claramente insuficiente, mesmo cobarde afirmar-se que não se está
com Trump ou Bolsonaro e depois pintar com meias e cinzentas tintas o
que de facto está a acontecer na Venezuela.
O
povo venezuelano vive um imenso sofrimento
por erros políticos internos graves por parte do governo
bolivariano,
por uma extensa e brutal pressão externa, por um embargo que só se
justifica por ser um país que tem das maiores reservas mundiais de
petróleo. É isso que explica e justifica esta obsessão por uma
mudança de regime, patrocinada directamente pelos EUA e suas
marionetas, sustentada pelas atitudes até há pouco dúbias das
chamadas democracias e que agora se chegam à frente para ver se não
se atrasam numa eventual partilha que seguirá ao saque, se o
conseguirem. A
posição assumida pelo governo português reconhecendo
Guaidó, obedecendo
a Mike Pompeo e
dando respaldo ao seu partido de extrema-direita e
ao golpe de estado em curso,
pela
voz do
maquiavel
da
feira de vandoma que se senta nas Necessidades, envergonha-nos. Mais
nos envergonha por se saber que a Europa já esteve várias vezes
activa nas negociações entre governo e oposição, negociações
que fracassaram sempre por pressão dos EUA.
O problema central da Venezuela é continuar a ser independente e soberana, o que intolerável para Trump como já o era para Obama. O que está a ocorrer é um processo de afundamento da sua economia para impor uma mudança de governo e submeter o país a uma alteração sócio-económica pela cartilha dos princípios neoliberais. Que Santos Silva alinhe com esses objectivos nada que surpreenda, pensa pela cartilha que lhe colocam á frente e nunca arriscaria uma palmatoadas do Pompeo,
só seria estranho que PSD, CDS, muito do PS não lhe dessem conforto. Tem no oportunismo do BE um aliado que estando no mesmo palco se quer apresentar distinto. Que alinha sem alinhar nessa agenda que objectivamente subscreve, como já fez em muitas outras ocasiões, que mal disfarça com uma ginástica de radicalismos de fachada e piruetas canhestras que coloram aquela manta de retalhos.
Há
que estar ao lado do povo
da Venezuela. Há
que inequivocamente condenar o boicote e as sanções que estrangulam
a economia venezuelana, a
causa principal da brutal crise que o povo tem vindo a suportar.
Referir o estado caótico da economia sem apontar ao boicote
humanitariamente condenável
é de um cinismo e uma hipocrisia intoleráveis. A
Venezuela vive uma grande depressão económica, com uma enorme
degradação dos serviços públicos. Há
que não esconder que parte dessa
situação deriva de erros e equívocos do governo de Maduro, que
agravaram alguns que já vinham de Chavez, porque
não houve mudanças significativas na estrutura económica do país
que
não se libertou da quase total dependência
do petróleo, sujeitando-se
aos
ciclos da economia internacional. Porque
prosseguiu um rumo ziguezagueante e
algo confuso, de
compromissos e confrontos com políticas
capitalistas
o
que acaba
por
dificultar
a
sua luta
assumidamente
anti-imperialista
e contra
o
golpismo da burguesia que sempre beneficiou com a
exclusividade
dos recursos do petróleo, que
os governos chavistas redistribuíram pelos mais pobres.
Mesmo
que esses erros e equívocos não sejam
a
parte substancial da crise, não devem ser subestimados nem
escondidos atrás do biombo do criminoso boicote conduzido pelos EUA,
para
que a Venezuela os
ultrapasse e sobreviva
num contexto regionalmente desfavorável e a Revolução Bolivariana
prossiga corrigindo muitos dos seus desacertos.
Há
que encontrar o mais rapidamente possível uma saída para a crise
garantindo
a continuidade da Revolução Bolivariana. É
um dever cívico, político
e
de cidadania apoiá-la
sem margem para dúvidas, por maiores ou menores que sejam as
críticas que se façam, sem embarcar em oportunismos de pacotilha
traduzidos
em declarações simbólicas em que muitas esquerdas
se
enredam para matizar
a sua deriva ideológica e a sua impotência política o
que é insuportável e injustificável quando a Venezuela está na
iminência
da guerra civil e do caos total.