Alternância, Cavaco Silva, CDS, Eleições Legislativas 2015, Galo de Barcelos, Geral, Para a Frente Portugal, Passos Coelho, paulo Portas, PS, PSD

O País Real

Pais REAL

Hoje, 5 de Outubro, Dia da implantação da República Portugal desperta com uma nova Assembleia da República onde existe uma inútil maioria de esquerda. Isto aceitando que o Partido Socialista é de esquerda contra a opinião de muitos ilustríssimos militantes e simpatizantes do PS aflitíssimos por o PS se ter esquerdizado na campanha eleitoral! Gente que se diz socialista, mas que perderam qualquer horizonte ideológico. São admiradores do trabalhismo thatcheriano do Tony Blair! O PS esquerdizou-se?Ninguém deu ou acreditou nisso, mesmo aqueles que, cheios de boa vontade e ilusões, foram dar o seu voto (in)útil ao PS para combater os traficantes de direita que nos desgovernam há quatro anos.

A comunicação social continua mercenariamente ao serviço do poder económico que os paga e compra para isso mesmo, sustentar a direita, adubar o pensamento único, nas suas variantes, das mais broncas, género José Gomes Ferreiras, Joões Césares das Neves, Migueis Tavares & Companhia, aos mais envernizados Henrique Monteiros, Carlos Andrades, Ricardos Costas SA. Explicam-nos o que é o País Real, aquele país que eles empenhadamente constroem linha a linha , imagem a imagem, comentário a comentário para que não se saía da cepa torta e o capital continue a ganhar à tripa forra!

É o País Real ! O País Real que todos os dias é fabricado pelas Teresas Guilhermes, Gouchas, Júlias Pinheiros, o sem fim de famosos que ocupam despudoradamente o território e em que decidi mergulhar fazendo zapping entre o Você na Tvi, A Querida Manhã e o Bom Dia Portugal! Como é deslumbrante ver o meu querido país a desfilar no seu máximo esplendor! Durante a tarde não perderei nem uma gota da Grande Tarde, A Tarde é Sua, A Praça e o que mais houver para acabar o dia em beleza, à noite a ver os comentários futeboleiros. Um dia em cheio para comemorar a vitória dos farsantes direitinhas que vão ser embalados nos bracinhos da múmia paralítica que habita em Belém. Estou a ficar um fã do meu Portugalito, querida Joana quando fazes um embrulho em croché desse magno ícone para o universo e arredores o colocar em altar sanitário? O Xavier subsidia-te o trabalho!!! É a koltura em marcha!!!

Vou comprar um cachecol das claques do País Real alumbrado com a elevação com que decorreu o acto eleitoral!

Vou berrar aos quatro ventos, com o auxílio do Cesariny, os seus assinalados slogans: Lá vai o povo toma lá o pé! Lá votou o povo dá cá o pé! Burgessos somos nós todos ratos e gatos, burgessos ou ainda menos!!!

DESENGANEM-SE!!! CONTRA TODAS ESTAS EVIDÊNCIAS A LUTA CONTINUA!!!

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Alternância, capitalismo, Eleições Legislativas 2015, Política, PS, PSD, Voto Útil

Para o capital tanto faz

mr-shark

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«Seja a coligação ou o PS a ganhar as eleições, para os empresários “não fará diferença”»

Para os grandes interesses económicos todo o voto no PS ou na coligação PSD-CDS é um voto útil.

E eles lá sabem porquê…

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Alternância, António Costa, Arco da Governação, CDS, Comunicação Social, Eleições Legislativas 2015, Oliveira da Figueira, Passos Coelho, paulo Portas, Política, PS, PSD, Voto Útil

As Eleições/Os Oliveiras da Figueira

oliveira da figueira 3

Com eleições à porta multiplicam-se os Oliveiras da Figueira nos partidos do chamado arco da governação.

O ataque é dirigido àquilo a que chamam o eleitorado do centro e aos indecisos. O fitoplanton desses partidos que perderam ideologia e tem por único objectivo a caça ao voto para pôr em prática políticas ao serviço dos poderes económicos que lhes dão apoio variável. As diferenças são de pormenor. Lêem a mesma pauta com andamentos e tempos diferentes. Pauta que sem pudor desdobram sobre Portugal vendendo, como treinados Oliveiras da Figueira, o manto diáfano do realismo e da moderação que é aceitar, sem uma ruga de dúvida, o que a Europa Connosco impõe pela mão de ferro, tapada quando necessário por luvas de veludo, da Sra Merkel, a figurona agora de serviço a abrir as portas ao grande capital. É o território pantanoso da grande mistificação que tem sido construída com contumácia, há que reconhecer com eficácia, pelos poderes instituídos suportados por uma comunicação social estipendiada que nos assalta á mão armada em cada notícia, em cada comentário, em cada editorial. Uma teia de aranha poderosa que não deixa nenhum fio ao acaso para construir um imaginário situacionista em conformidade com um modelo de democracia em que as pessoas, o colectivo e a individualidade das pessoas, se afunda sem horizonte nem dignidade. Para esses figurantes da política actual, a democracia deixou mesmo de ser o palco da luta de classes pacífica, como preconizavam os sociais democratas revendo as teorias marxistas, renunciando à revolução. É o campo de tiro da caça ao voto. Eles os Oliveiras da Figueira vendem-no a qualquer preço, oferecendo brindes, cada cor seu paladar, para que tudo continue na mesma.

Oliveira da Figeuira1

A máquina está oleada, em pleno funcionamento para que a anormalidade da normalidade da situação que se vive não seja posta em causa. Assistimos a um primeiro grande momento desse teatro de sombras com o Debate Histórico, no dizer de um dos bonecreiros de serviço, das próximas eleições legislativas Para quem tem os olhos abertos não eram dois, eram cinco os figurões: os actuais chefes de fila dos partidos do chamado arco da governação e os três jornalistas de grupos mediáticos ditos de referência. Marionetas do sistema político-propagandístico do sistema que quer fazer com que as pessoas acreditem que não há escolha fora do quadro institucionalizado. Que o voto útil é o voto inútil porque nada altera de substantivo numa política de submissão aos ditâmes de Bruxelas, aos secretários políticos e grumetes tecnocratas do capitalismo tardio, às suas políticas de austeridades e desigualdades. Diferenças existem, claro que existem na forma, na velocidade, no pormenor, na simulação com que essas políticas vão ser praticadas. Em tudo o que é insuficiente para que se mude de vida.

Os próximos números já estão ensaiados, já foram mostrados os trailers. De um lado acenar as bandeiras de uma volta ao passado próximo que é o nosso presente num cenário diferente. Do outro cantar o fado do desgraçadinho, entalado entre a direita e a esquerda, só faz o quer fazer por estar orgulhosamente só. Vai ser um (des)concerto de ruído político-propagandístico, uma caravana de Oliveiras da Figueira, agentes das mesmas políticas ainda que tenham fardas diferentes, a procurarem ocupar todos os espaços possíveis para vender quinquilharias que enfeitam mas não alteram a vida das pessoas.

oliveira da figueira2

Esquecem-se, não lhes interessa ver nem saber que apesar e contra tudo, mesmo as próprias evidências, contra esta nova inquisição mutinacional, globalizadada que quer impedir, anular mesmo a possibilidade de se pensar que é possível pensar na transformação da vida, o mundo E pur si muove!

Há que votar de olhos bem abertos para não continuar a viver mais do mesmo, qualquer seja esse mesmo!

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