Num momento em que o perigo espreita, em que a Europa capitalista em crise volta a ressuscitar nacionalismos, em que o imperialismo continua a promover a guerra e a violência, subjugando os povos aos interesses económicos e financeiros dos «mercados», importa relembrar outros 27 de Janeiro.
Muito tem sido feito pelos intelectuais orgânicos do capitalismo triunfante para limpar ou, pelo menos, suavizar a imagem do nazi-fascismo, limitando-o à Alemanha nazi, considerando-o a obra de um louco, desvalorizando as suas origens e reduzindo a sua ideologia ao anti-semitismo.
Uma das muitas formas de branqueamento do nazi-fascismo é a sua comparação ao socialismo, utilizando a própria propaganda nazi sobre a União Soviética para reescrever a história, confundindo agressor e agredido, opressor e libertador, carrasco e vítima, vencido e vencedor.
No entanto, não há reescrita que possa omitir a heróica resistência do povo Soviético, liderado pelo PCUS de Stáline e o seu Exército Vermelho e o papel decisivo que teve na libertação da humanidade da barbárie nazi-fascista.
Dai parecer-me fundamental continuar a manter viva a memória de outros 27 de Janeiro.
Em 27 de Janeiro de 1944, acaba cerco nazi a Leninegrado, a heróica resistência do povo soviético, com milhares de mortos, sofrendo com o frio, a fome, os combates, saí vitoriosa e abre caminho para que um ano depois, a 27 de Janeiro de 1945, o Exército Vermelho na sua ofensiva libertasse o campo de morte de Auschwitz, onde a Alemanha nazi procedia ao extermínio de judeus, ciganos, comunistas, democratas, homossexuais, deficientes.
Recordem-se os heróicos exemplos de resistência e firme combate pela liberdade e que todos os dias possam ser 27 de Janeiro, derrotando sempre a ideologia e a prática terrorista do ódio, do racismo, da opressão e da exploração.
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A fera que nunca foi morta, apenas ferida, continua aí. Tentando, cada vez mais d pôr as garras de fora. Primeiro, a medo, mostrou o focinho, mas logo o encolheu. Depois, como ninguém a ameaçou, ousou revelar toda a cabeça, e, como ninguém a escorraçou, aí está ela, já com mais de meio corpo revelado e dentes prontos a esquartejar todo aquele que se atreva a fazer-lhe frente.
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