As comadres andam zangadas, não se dão bem umas com as outras, têm difíceis reuniões de 20 horas, querem demitir-se, ameaçam que vão avaliar o seu papel no mundo, decidem não falar publicamente sobre o que lhes vai na alma, estão em permanente crise existencial.
Tudo isto é muito interessante para encher páginas de jornais e permitir belas primeiras páginas, como no exemplo.
Mas, a verdade é que enquanto não se consuma do divórcio, as comadres com caras feias ou alegres vão despejando a sua raiva contra os portugueses.
Não sabemos se a proposta de Orçamento do Estado 2013 é fruto do amor ou do ódio entre as comadres PSD e CDS, sabemos o quanto vai custar na vida de todos nós, na destruição da economia nacional, no aprofundar da crise, no empobrecimento do país.
SEPARAÇÃO AMIGÁVEL POR INTERESSE MÚTUO
A “zanga” definitiva com desfecho de separação está aprazada.
Alguns oragos, intérpretes dos interesses do grande capital, vão dando lamirés e apontando datas propícias à dolorosa separação sem prejuízos para as comadres, nem para a família …
Aguentar até Maio de 2013, “porque em situação de crise deve mudar o governo de 2 em 2 anos”- Ulrich dixit –. “Daqui por seis meses, quando soubermos o resultado da execução do Orçamento de 2012, o último trimestre, e a execução dos primeiros três meses de 2013 veremos se é oportuno…“ – Marcelo dixit – nessa data sim, vamos a elas, às eleições…
Neste momento, ainda este ano, para as bandas da direita corriam-se riscos muito sérios:
– os partidos da direita seriam gravemente penalizados,
– o partido Socialista, nada garante que ficasse perto da maioria absoluta
– O PCP e o BE veriam subir significativamente os seus votos “aproximando-se perigosamente do arco da governação”…
Razões fortíssimas, sobretudo a última, para o conúbio aguentar, custe o que custar !
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