Enquanto decorria a cimeira da Nato em Chicago,sob a vigilância da polícia antidistúrbios, dezenas de soldados veteranos das guerras no Iraque e no Afeganistão retiravam e lançavam fora as suas medalhas ganhas na guerra ao mesmo tempo que pediam desculpas pelos crimes que nessas guerras cometeram.
«Só tenho uma palavra para descrever esta guerra global contra o terror, a vergonha.»
«Eu tinha de libertar gente, mas só libertei os poços de petróleo.»
«Nenhuma bandeira pode ocultar a soma de sofrimento humano causado por esta guerra.»
«Faço este gesto pelo povo do Iraque e do Afeganistão.»
« Acima de tudo lamento, lamento-o por todos vós. Lamento…»
«O exército está em crise, os soldados sofrem traumas sexuais, stress postraumático, lesões cerebrais, e não recebem inclusivamente, o tratamento que merecem e a ajuda que agora necessitam.»
Os soldados afirmam que as guerras no Iraque e no Afeganistão se basearam em mentiras e que, por isso, estas políticas belicistas estão condenadas ao fracasso. Estas guerras, acrescentam, custaram milhares de vidas e milhares de milhões de dólares que poderiam ter servido para financiar escolas, clínicas e programas sociais nos EUA.
Vão ser os próprios norte-americanos a exigir o fim destas guerras odiosas onde muitos deles perderam as vidas e outros ficaram mutilados, deficientes, com lesões graves de vários tipos e com doenças psíquicas que os devorarão pela vida fora.
Já começaram a perceber o engano e o mal que os levaram a fazer sem qualquer resultado positivo para os povos do Iraque e do Afeganistão que têm morrido, sofrido torturas, horrores vários, assistindo diariamente à morte dos seus irmãos/irmãs, pais/mães e filhos/filhas não só pela força das armas, nomeadamente as bombas de fragmentação, de efeitos devastadores, mas também pela fome e sede, pela falta de assistência médica e medicamentosa, pelas consequências do uso extensivo do urânio empobrecido com o aparecimento de cancros múltiplos entre adultos e crianças, efeitos teratogénicos e neurotóxicos.
No Vietnam de hoje, o efeito tóxico do agente laranja ainda se faz sentir e o seu uso foi considerado crime contra a humanidade.
Bem poderia começar a perorar sobre a guerra. Quantos me ouviriam? É lá tão longe, tão longe! Para quê pensar nisso? Contudo, está a tornar-se uma possibilidade cada vez mais próxima de nós!
Para quê falar dos drones, dos robôs de todo o tipo para guerra que estão na forja, do barco de guerra ultramoderno dos EUA que entrará em funcionamento em 2014, das 7 bases que os EUA instalaram recentemente na Colômbia, no centro de treino que está a ser implementado no Chile (li que a Presidente Cristina recusou a autorização aos EUA de criarem um na Argentina). A Rússia e a China estão a aumentar, de forma veloz, a sua capacidade em armas cada vez mais sofisticadas. A NATO militariza-se cada vez mais e torna-se mais agressiva.
Aonde nos levarão as guerras dos Senhores do Mundo? As guerras, todas as guerras a quem interessarão?
Defender a Paz é uma exigência; é uma urgência lutar contra todas as guerras – pequenas ou grandes, distantes ou próximas, porque todas elas nos amesquinham e nos atingem. Porque nos tornam todos BÁRBAROS!
Bárbaros e cúmplices dessa imensa negociata que é fomentada pelo grande capital e só a ele serve! Partilho!
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“The US government is the second worst human rights abuser on the planet and the sole enabler of the worst–Israel. But this doesn’t hamper Washington from pointing the finger elsewhere.” Paul Craig Roberts (“As hipocrisias de Washington” ,2012-05-25) (http://www.paulcraigroberts.org/2012/05/25/washingtons-hypocrisies/ )
Saúdo a luz que emana dos artigos da Anita Vilar!
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