O circo da Casa Pia voltou à cidade. Os palhaços, acossados pelos leões, foram os primeiros a chegar para anunciar o espetáculo.
Nesta história, Carlos Silvino, perdido por cem, perdido por mil, apura a vocação de palhaço, quem sabe se já rico, e diz que sempre mentiu, influenciado por uns copos de água dopada pela Judiciária.
Nem os piores filmes se baseiam em argumentos tão maus.
A única explicação que encontro para esta disparatada história nem é a mais óbvia da tentativa de influenciar o Tribunal da Relação, anular o processo ou parte dele ou reabri-lo. Acredito que a intenção é bem mais rebuscada e tem em vista um objetivo de longo prazo: a possibilidade de lançar uma forte e definitiva dúvida sobre a culpabilidade dos condenados para que o público duvide, também, sobre a existência dos crimes de pedofilia. Assim será muito mais fácil a reabilitação pública de condenados que sempre viveram da sua imagem pública, mesmo que tenham de cumprir penas de prisão.
Acreditar em Silvino é ditar uma sentença de morte ao sistema judicial português, ainda que todos conheçamos as suas deficiências.
O texto em sí está muito bom, só não gostei do estilo da fonte, mas vou me acostumar, blz.
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