O presidente do Irão, Ahmadinejad atreveu-se na ONU a dizer o que há muito e muito gente questiona sobre os atentados de 11 de Setembro. Disse-o até de maneira moderada, à luz de outras suas declarações, ao contrário do que muitos jornais, mais papistas que o papa, noticiaram. Fê-lo contra-atacando quando o Irão tem sido, contínua a ser, alvo de ameaças de sanções por causa do programa nuclear que afirmam ser pacífico, contra a opinião, liderada pelos EUA, que duvida dessas boas intenções e procura demonstrar que o que Irão pretende tornar-se numa potência nuclear.
Ahmadinejad aproveitou a Assembleia Geral da ONU para dizer que o governo norte-americano não deve esperar que outros acreditem nas suas declarações enquanto não eliminarem todas as dúvidas dos que se interrogam sobre a autoria dos atentados de 11 de Setembro. Vai ao ponto de reclamar a composição de uma comissão de inquérito independente para analisar o que realmente aconteceu. Sem isso, todas as hipóteses são possíveis, sempre considerando que o 11 de Setembro foi trampolim para as guerras no Médio Oriente, em curso Iraque e Afeganistão e as que se preparam. O Irão considera-se um dos alvos. Cuidadosamente, não foi peremptório a acusar os EUA nem sequer lembrou precedentes, conhecidos de todo o mundo, que colocam em causa a credibilidade dos norte-americanos. Entre muitos, poderia ter dado o exemplo da explosão nunca explicada do cruzador USS Maine, em 1896, no porto de Havana. Morreram mais de trezentos marinheiros norte-americanos e foi o pretexto para os Estados Unidos declararem guerra a Espanha, de que Cuba era colónia. Ou os bombardeamentos, em 1964, dos contratorpedeiros USS Turner e USS Maddox no Golfo de Tonquim forjado pela administração Johnson para justificar o envolvimento directo dos EUA na guerra do Vietname para bombardear barbaramente o Vietname do Norte. Essa sangrenta farsa ficou incontestavelmente provada com documentos dos arquivos norte-americanos. A abertura dos arquivos mesmo controlada é perigosa, daí o nervosismo instalado com os documentos que a WikiLeads tem vindo a publicar sobre a guerra do Afeganistão.
Ahmadinejad levantou dúvidas, escudado nos muitos cientistas que, desde o primeiro momento, puseram em causa a implosão das Torres Gémeas. Principal argumento, a impossibilidade de um avião desenvolver energia térmica capaz de derreter a estrutura de aço das torres e a analise do padrão do seu desmoronamento. Em relação ao Pentágono, a ausência de destroços do avião que teria embatido no edifício. Tinha o objectivo evidente de por em causa a credibilidade dos EUA. A resposta foi imediata, os diplomatas estado-unidenses, acompanhados pelos diplomatas da União Europeia, abandonaram a sala em sinal de protesto.
Atitude interessante sobretudo se nos lembrarmos de como estiverem sentados, atentos e obrigados a ouvir a exposição de Colin Powell (na imagem deste post) quando munido de abundante material fotográfico e cinematográfico, espessos relatórios rigorosamente fundamentados, depoimentos peremptórios, etecetera e tal demonstrou inequívoca e irrefutavelmente a existência no Iraque de uma vasta rede de fábricas de armas de destruição maciça, com relevo para as biológicas e que foi o motor de arranque da invasão. Foram longas horas mostrando o que as tropas aliadas invasoras nunca iriam encontrar no terreno. Ninguém se levantou ou mesmo se atreveu a bocejar. Agora até parece que hoje ninguém se lembra dessa sessão espectacular que deixou o mundo e arredores paralisado de terror com tão séria ameaça.
Momento que aqui se lembra para iluminar as teias com que se fabrica a história e os buracos negros que depois se procuram implantar na memória.